Bolsonaro diz que bancará as despesas de Eduardo nos EUA com apoio de aliados

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (18) que pretende bancar as despesas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O parlamentar decidiu permanecer no país estrangeiro após se licenciar do cargo alegando perseguição do Poder Judiciário.

A licença foi oficializada depois que o PT solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a apreensão do passaporte do deputado, acusando-o de ameaçar a soberania nacional. Bolsonaro negou que o Partido Liberal vá custear a permanência de Eduardo nos EUA e disse que recebeu ofertas de doações de apoiadores para manter o filho no exterior.

“Eduardo resolveu ficar nos Estados Unidos e, como pai, já me ofereci para cobrir todas as despesas dele. Muitas pessoas já entraram em contato oferecendo ajuda e, se Deus quiser, não faltará nada. Ele ficará fora pelo tempo necessário. É triste ver um filho de 43 anos ter que deixar o país”, declarou Bolsonaro.

Em meio às declarações sobre a permanência de Eduardo Bolsonaro nos EUA, as finanças do ex-presidente seguem sob investigação. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões via transações de Pix entre janeiro e julho do ano passado.

Segundo o Coaf, os valores são “atípicos” e possivelmente ligados à arrecadação para pagar multas impostas ao ex-presidente durante seu governo, incluindo sanções por desrespeito às normas sanitárias na pandemia de Covid-19.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Foto: Divulgação

Em entrevista à CNN Brasil, Eduardo Bolsonaro afirmou que pretende solicitar asilo político aos Estados Unidos, alegando que o Brasil não é seguro para opositores. Em outra entrevista à ‘Revista Oeste’, ele criticou diretamente o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Não há a mínima possibilidade de eu voltar ao Brasil, não é um lugar seguro para fazer oposição, mesmo com o meu passaporte. Alexandre de Moraes é um psicopata”, declarou o deputado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também comentou o possível pedido de asilo e sugeriu que, caso Eduardo solicite proteção ao governo dos EUA, o ex-presidente Donald Trump poderia intervir. “Se ele (Eduardo) pedir asilo, o Donald Trump concede na hora, eles mantêm um diálogo frequente”, disse ele.

Durante um evento no Senado, Bolsonaro mencionou a situação do filho e lembrou que seu próprio passaporte está retido por ordem do STF, no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

“Confiscaram meu passaporte, mas meu pensamento está com Donald Trump, que seguirá abraçando o meu filho. Tivemos um governo alinhado com as democracias do mundo, e todo sacrifício é válido quando queremos um país forte, independente e livre”, concluiu.

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