Ânima (ANIM3) reverte prejuízo e tem lucro líquido ajustado de R$ 8,9 mi no 4T24

Resultado forte, liderança inspiradora e crescimento. É com esses elementos que a diretoria da Ânima (ANIM3) descreve o quarto trimestre da companhia, o ano de 2024 e se diz pronta para o que vem adiante. A educacional divulgou seu balanço do 4T24 e do ano fechado nesta quinta-feira (20). “A chegada da Paula trouxe um gás”, afirma Átila Simões da Cunha, vice-presidente de finanças da companhia.

Cunha refere-se à chegada da executiva Paula Maria Harraca na presidência da companhia, em junho de 2024. A transição completa se deu ao fim de 2024 e já traz frutos. “Os números contam um novo momento da companhia”, diz Paula, ressaltando a boa execução do processo de sucessão. A grande notícia, para ela, é a reversão do prejuízo observado tanto em 2023 quanto no 4T23 nos dados divulgados hoje. E os planos são de foco e compromisso com a “terceira onda” da Ânima.

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A companhia teve lucro líquido ajustado de R$ 187 milhões em 2024, revertendo prejuízo de R$ 46,4 milhões do ano anterior. No quarto trimestre, a linha ficou positiva em R$ 8,9 milhões contra o prejuízo de R$ 45,4% do 4T23. “A gente fez a lição de casa. Melhoramos indicadores e isso se traduz nos números de 2024”, diz Átila.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 293,7 milhões no trimestre, contra R$ 286,6 milhões no 4T23, alta de 9,3%. No ano, a alta foi de 12,7%, com Ebitda ajustado de 2024 em R$ 1,3 bilhões. A margem Ebitda ajustada cresceu 3,1 pontos percentuais, para 32,8%.

Sem o ajuste, o Ebitda cresceu 23,1%, pra R$ 1,3 bilhão em 2024. No trimestre, a alta foi de 35,3%, para R$ 307 milhões. O crescimento tem sido progressivo e constante, o que evidencia a robustez da linha, segundo a executiva.

“Tudo isso em uma situação de desalavancagem”, destaca. A alavancagem reduziu de 3,25 vezes (no fim de 2023) para 2,80 vezes. “Não há bala de prata, nem receita”, sustenta Átilia sobre o processo de redução da dívida. Em sua visão e de Paula, além do trabalho de manejo da dívida que foi realizado ao longo do ano, com renegociações e trocas, o foco está na qualidade da base de alunos que são “atraídos” para a companhia.

Os executivos destacam que a pergunta que norteia é: quem é o aluno que a Ânima está trazendo? Para tanto, a companhia mudou políticas de atração, buscou melhorar eficiência e processos internos, e deixou de falar em descontos. “A educação deve ser investimento, não gasto”, pondera Paula. Por isso a decisão consciente de manter o valor de cursos, mesmo que mais elevados, focando em olhar cuidadoso para cada uma das marcas do grupo.

“Qualidade é a premissa para nós”, destaca a executiva. Justamente por isso, a companhia vê com bons olhos a maior regulamentação de cursos de Ensino a Distância (EaD). De qualquer maneira, a Ânima tem maior presença no segmento presencial e se considera pronta para reposicionar oferta, se necessário.

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