Carlos Bolsonaro, cujo pai riu dos mortos de Covid, reclama das piadas com Eduardo

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus filhos: Eduardo que fugiu para os EUA e Carluxo, que reclama das piadas. Foto: reprodução

O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) voltou a publicar um de seus longos e confusos textos no X (antigo Twitter), desta vez para reclamar das piadas sobre seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os Estados Unidos em um “autoexílio” determinado por ele próprio.

“Que tipo de gente celebra ou debocha de uma situação dessas?”, questionou Carluxo na publicação, após revelar que recebeu de Eduardo um vídeo de sua sobrinha.

Vale lembrar que, entre 2020 e 2022, enquanto o Brasil ainda enfrentava os efeitos da pandemia de Covid-19, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou repetidamente as vítimas da doença, que ele chamava de “gripezinha”, chegando a imitar pacientes agonizando por falta de ar — um dos sintomas mais graves da infecção pelo coronavírus.

“Saber que meu irmão está longe e que, se estivesse neste país, qualquer pessoa de bom senso sabe o que teria acontecido com ele é algo difícil de digerir e não recomendável expor pois qualquer um sabe que já não vivemos mais em uma democracia”, lamentou o filho “02” do ex-presidente.

Segundo Carluxo, “é cristalino o caráter da esquerda e a forma como agem, isso já é conhecido. Mas, neste post, quero destacar principalmente minha percepção ao assistir aos xingamentos e ao orquestramento organizado daquele pessoal ‘di direita’ contra meu irmão e suas derivações quando nosso nome é mencionado [SIC] “.

A fuga de Eduardo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou na última terça-feira (18) que se licenciará temporariamente do mandato na Câmara e permanecerá nos Estados Unidos. A decisão segue o exemplo de seu pai, Jair Bolsonaro, que passou três meses na Flórida — de janeiro a março de 2023 — numa tentativa de se desvincular das acusações de envolvimento em um plano de golpe de Estado.

A licença de Eduardo ocorre em um momento delicado para ele e para a extrema-direita. No fim de fevereiro, o PT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a apreensão de seu passaporte, argumentando que ele estaria cometendo crime contra a soberania nacional ao criticar o Judiciário brasileiro no exterior.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, encaminhou a ação à Procuradoria-Geral da República (PGR), estabelecendo um prazo de cinco dias para um parecer. No entanto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, optou por não cumprir o prazo, alegando que a demora não prejudicaria o andamento do processo.

Conhecido como “03”, Eduardo está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro, exatamente no mesmo dia em que o PT solicitou ao STF a apreensão de seu passaporte. Sua ausência o impediu de participar da manifestação liderada por Jair Bolsonaro no último domingo (16), em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

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