Gabriel Monteiro terá que pagar R$ 240 mil por “pegadinhas” e assédio em vídeos

Gabriel Monteiro foi condenado a pagar mais de R$ 240 mil em indenizações por vídeos publicados durante seu mandato como vereador no Rio de Janeiro.

As ações civis envolvem gravações de “pegadinhas” e fiscalizações em unidades de saúde. Segundo a Justiça, as produções desrespeitaram direitos individuais e ultrapassaram os limites legais de sua função parlamentar.

Em um dos casos, ele foi obrigado a indenizar em R$ 10 mil um homem envolvido em uma pegadinha sobre racismo, gravada em Copacabana. A vítima relatou ter sido induzida a associar um ator negro a um crime, e depois passou a ser atacada nas redes. A defesa do ex-vereador afirmou que o conteúdo era parte de um experimento social e alegou liberdade de expressão.

Outro processo resultou em condenação por danos morais a um médico da UPA de Senador Camará. Monteiro foi acusado de expor e constranger o profissional durante o horário de descanso. Ele teria invadido o dormitório, feito provocações e dado voz de prisão, alegando desacato.

A Justiça avaliou que o influencer tinha uma visão distorcida de suas atribuições como vereador. O juiz Luiz Eduardo de Castro Neves afirmou que ele agiu de forma agressiva e imprópria, mexendo em computadores de hospitais e invadindo áreas restritas. Em um dos casos, ele foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização a um servidor público.

O ex-policial militar foi solto na noite de sexta-feira (21) após decisão do Superior Tribunal de Justiça. Ele terá que usar tornozeleira eletrônica, está proibido de deixar o Rio e não pode manter contato com a vítima de um dos processos criminais. A acusação envolve um episódio em que ele teria forçado relações sexuais com uma mulher e tentado filmar o ato.

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