Ministro do Republicanos, de Tarcísio, Silvio Costa Filho é contra pauta de anistia

Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, durante entrevista. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

Em meio ao debate sobre uma possível anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Silvio Costa Filho, o único ministro do Republicanos no governo Lula, considera equivocado o posicionamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, seu correligionário e possível presidenciável, que defende a medida. “Respeito a posição do governador Tarcísio, tenho por ele muito apreço. Entretanto, discordo dessa pauta que ele defende. Eu acho que esse debate cabe ao Supremo Tribunal Federal”, disse o ministro em entrevista concedida ao jornal O Globo.

Apesar dos rumores sobre uma reforma na Esplanada, Costa Filho afirma não haver, até agora, qualquer sinalização de Lula para mudar sua equipe ministerial. “Até agora não houve nenhum movimento dele de abrir o diálogo com os partidos”, observou, enfatizando que cabe exclusivamente ao presidente nomear ou exonerar ministros. Segundo ele, o foco de Lula no momento é percorrer o país para “fazer as entregas” de governo.

Bolsonaro ao lado de Tarcísio de Freitas durante manifestação. Foto: reprodução

Questionado sobre a possibilidade de o partido conquistar mais espaço no Executivo, ele garante que esse não é o objetivo da sigla. “Essa não é a agenda do partido. O Republicanos, neste momento, quer ajudar o governo, quer ajudar o país na pauta econômica”, comentou, fazendo referência a sua atuação anterior quando integrava outra legenda. A prioridade, reforça, é trabalhar por iniciativas de interesse nacional.

Em sua avaliação, a escolha de Gleisi Hoffmann para a articulação política não representa uma guinada à esquerda, pois não houve troca de ministros responsáveis por áreas estratégicas, como infraestrutura ou programas sociais. “Guinada à esquerda seria se ele tivesse feito um avanço na troca de ministros de infraestrutura ou de programas sociais”, argumentou Costa Filho, defendendo que Lula mantém um “cargo de confiança” ao lado de pessoas em quem confia plenamente.

Sobre as eleições de 2026, o ministro demonstra cautela, mas não descarta uma candidatura ao Senado. “Quero agradecer todas as manifestações de apoio para que a gente possa disputar o Senado em 2026 em Pernambuco. Agora, nós vamos deixar para tratar disso na hora certa, no início de 2026.” Ele reforçou que ainda não há definições sobre a postura do Republicanos em relação ao apoio a Lula ou a outro nome, pois o partido julga que “está muito cedo agora”.

Por fim, Costa Filho ressalta a necessidade de o governo se comunicar melhor com setores específicos, como o agro, a classe média, os evangélicos e os micro e pequenos empresários, para dirimir preconceitos. “É preciso que o presidente Lula coloque essa discussão também na ordem do dia, até porque o governo não apresentou ao Brasil nenhuma pauta de costumes”, afirma. Em sua visão, a popularidade do governo tende a crescer à medida que ações concretas sejam divulgadas: “Cada ministro vai começar cada vez mais a andar pelo Brasil, divulgando as boas ações”.

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