
Walid Khaled Abdallah, brasileiro-palestino de 17 anos, morreu na prisão de Megiddo, em Israel, neste domingo (23), e o governo Lula questionou o país sobre as circunstâncias do óbito. A suspeita é que houve negligência médica no caso.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, a família de Walid está em choque. O brasileiro-palestino foi preso em setembro passado na Cisjordânia, onde vivia na ocasião, após ser acusado de agredir soldados do país.
João Marcelo Soares, chefe do escritório do Brasil em Ramallah, já se encontrou com os familiares de Walid e a diplomacia brasileira tem auxiliado a família a receber o corpo da vítima para fazer o funeral. O pai do adolescente é brasileiro.
Atualmente, cerca de 6 mil palestinos de origem brasileira vivem na Cisjordânia e a rotina é de tensão na região. Pessoas nessa situação relatam que sofrem humilhações com revistas rotineiras de soldados israelenses e restrições para se locomover dentro do próprio território.

De acordo com autoridades de Gaza, 63 prisioneiros palestinos em prisões de Israel. A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil) afirma que Walid estava em uma cadeira que é conhecida por ter “uso de tortura com choques elétricos, espancamentos, privação de comida e até uso de cachorros”.
Israel e o Hamas assinaram um acordo de cessar-fogo, mas o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu quebrou a trégua e voltou a bombardear o território palestino. Ao menos 21 palestinos morreram nos bombardeios mais recentes.
O governo brasileiro já realizou, desde o início da guerra, em outubro de 2023, uma série de viagens para repatriar pessoas. Segundo o Itamaraty, 1.560 brasileiros e familiares próximos foram retirados da região no período.
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