“Lula é o primeiro chefe de Estado a ser recebido pelo imperador do Japão desde 2019

Janja e Lula em encontro com o imperador Naruhito e a imperatriz Masako. Foto: Divulgação

O presidente Lula iniciou sua viagem oficial ao Japão no Palácio Imperial de Tóquio tendo como primeira atividade da agenda um encontro reservado entre ele, a primeira-dama Janja da Silva, o imperador Naruhito e a imperatriz Masako, marcado para a noite desta segunda-feira (24), no horário de Brasília, e para terça-feira (25) pela manhã, em Tóquio.

Lula é o primeiro líder estrangeiro a ser recebido no Japão após a pandemia, já que o país tradicionalmente recebe um líder de Estado por ano, e a última visita foi em 2019, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O encontro com o imperador marca a continuidade da estreita relação diplomática entre os dois países, que se intensificou após a participação do presidente brasileiro na Cúpula do G7 em Hiroshima, em 2023.

A visita do presidente Lula ao Japão é classificada como uma “visita de primeira categoria”, a mais alta distinção diplomática do Japão. Esse tipo de visita é realizado anualmente e inclui, entre outros privilégios, uma audiência com o imperador, símbolo da unidade e continuidade nacional do Japão.

A relação entre Brasil e Japão, reforçada pela Parceria Estratégica e Global desde 2014, tem ganhado novos contornos com o intensificar dos contatos após o fim da pandemia.

Em 2024, o Japão enviou seu então primeiro-ministro, Fumio Kishida, ao Brasil, e no mesmo ano, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba também participou da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, estabelecendo mais uma etapa de cooperação bilateral.

A monarquia japonesa, uma das mais antigas do mundo, mantém um imperador com um papel puramente cerimonial, conforme estabelecido pela Constituição de 1947. Naruhito, que assumiu o trono em 2019 após a abdicação de seu pai, Akihito, possui um perfil acadêmico e cosmopolita, sendo o primeiro herdeiro do trono japonês a estudar no exterior, com passagem pela Universidade de Oxford.

Apesar de não exercer poder político, o imperador tem a função de representar a unidade nacional, realizando atos cerimoniais como a promulgação de leis e a convocação do parlamento, sempre sob a aprovação do gabinete.

Um dos principais desafios enfrentados pela monarquia japonesa é a escassez de herdeiros masculinos. A sucessão no trono japonês é regida por regras que excluem as mulheres do direito de herdar o trono, o que coloca em risco a continuidade da linhagem imperial.

Atualmente, o príncipe Hisahito, sobrinho de Naruhito, é o próximo na linha de sucessão, mas se ele não tiver filhos, a família real pode enfrentar uma crise de sucessão.

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