Opinião O fim do fiador e a democratização do aluguel no Brasil Por Guilherme Colpo, CEO Alufacil

Quando chega a hora de procurar um novo lar, seis em cada dez brasileiros têm procurado a locação, em vez da compra. Esse dado não surpreende se levarmos em conta as variações da economia no Brasil, a alta de juros e as dificuldades de crédito. As novas regras para financiamento de imóveis pela Caixa Econômica Federal, por exemplo, além de impactarem a oferta de crédito imobiliário no Brasil, geraram apreensão na construção civil.

Essa tendência resiste, mesmo que o preço médio do aluguel residencial tenha apresentado um aumento de 0,96% em janeiro de 2025, conforme indicado no Índice FipeZap de Locação Residencial – alta seis vezes maior que o índice de inflação oficial (IBGE) de 0,16%. Já sobre transações comerciais, o Índice FipeZAP apontou que o Brasil teve um aumento expressivo em 2024, com os aluguéis registrando uma alta de 7,88%, o maior índice desde 2013.

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Acredito que o aquecimento do setor de negociação imobiliária poderia ser ainda mais pronunciado se questões como a dificuldade de garantia localizada, relacionadas com a situação financeira do inquilino e a falta de fiador, não impactassem grande parte da população.

Nesse sentido, a tecnologia tem sido aliada de imobiliárias que pretende crescer nesse mercado e resolver esse tipo de entrada que envolve doadores de imóveis e candidatos a inquilinos. Soluções disruptivas nos segmentos de garantia locatícia e seguro residencial, que dispensam a necessidade de fiador ou depósito caução, passaram a viabilizar a aquisição de imóveis para muitos brasileiros que já tinham desistido desse sonho.

Sistemas digitais inteligentes de verificação de crédito realizam esse trabalho em menos de três minutos, conciliando a análise do perfil do inquérito em mais de 18 fontes de dados, como SPC, Serasa e Receita Federal. O “motor de crédito” facilita a vida dos proprietários de imóveis e imobiliárias, gerando mais confiança, desburocratizando e simplificando o fechamento de negócios. O passo além é quando a tecnologia é aliada a um atendimento humanizado e personalizado, que dialoga com o inquilino, informando ao cliente o entrave no crédito não aprovado, fornecendo soluções para que uma avaliação negativa não seja o ponto final do processo de locação.

Trata-se de um processo disruptivo de evolução da garantia localizada, que se mostra eficiente em seu propósito: ampliar o escopo do aluguel para mais pessoas de forma segura e transparente para todas as partes envolvidas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do país.


Guilherme Colpo é fundador e CEO da Alufacil, startup fundada há três anos, em Porto Alegre, que atua com sistema de verificação imediata de crédito e atendimento personalizado e que já sofreu prejuízos superiores a RS 7 milhões no último ano e, até o momento, registra uma parceria com mais de 500 imobiliárias pelo Brasil e 1.300 contratos em carteira.


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Guilherme Colpo | Foto: divulgação

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