Bolsonaristas veem recado a Eduardo em fala de Moraes sobre “milícias digitais”

Uma declaração do ministro Alexandre de Moraes, feita durante o julgamento da denúncia contra Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), foi interpretada como uma indireta ao filho do ex-presidente.

Para aliados e auxiliares de Bolsonaro, que acompanharam o julgamento sobre a tentativa de golpe de Estado, a fala de Moraes sobre “milícias digitais nacionais ou estrangeiras” foi uma referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“Sabemos que as milícias digitais continuam atuando, inclusive durante esse julgamento, tentando pegar trechos para manipular, porque a especialidade dessas milícias digitais é a produção e distribuição de fake news na tentativa de intimidar o Poder Judiciário”, afirmou Moraes durante a sessão. “Não perceberam que, se até agora não intimidaram o Poder Judiciário, não vão intimidá-lo, seja com polícia, com milícias digitais nacionais ou estrangeiras, porque o Brasil é um país soberano e independente”.

Após o PT apresentar uma representação criminal contra Eduardo Bolsonaro e solicitar a apreensão de seu passaporte, o parlamentar, que estava nos Estados Unidos, decidiu permanecer no país.

Na semana passada, Eduardo anunciou que se licenciaria “temporariamente” do mandato na Câmara dos Deputados e que não retornaria ao Brasil, alegando perseguição política por parte do STF.

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o deputado admitiu temer ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes: “Nunca imaginei que faria uma mala para sete dias e não voltaria mais para casa (…). Meu trabalho é muito mais importante aqui nos Estados Unidos do que no Brasil”;

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