Julgamento do golpe: Dino alfineta Lava Jato ao abordar delações no STF

ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), falando, sério
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Reprodução

Na tarde desta terça-feira (25), durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de uma tentativa de golpe de Estado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez menção, sem citar nominalmente, a Operação Lava Jato ao falar sobreo institutuo da delação premiada.

“Uma frase bastante conhecida diz que a melhor forma de matar uma boa ideia é executando-a mal”, disse Dino. “É exatamente o que se passou com os primórdios da colaboração premiada no Brasil. E se gerou esse debate que nos traz aqui, nesse ano de 2025, a estar discutindo no cenário que haveria, subjacentemente, uma espécie de estigmatização do instituto da colaboração premiada”

“Quase uma mitificação em relação a ele. O ministro Alexandre, bem lembrou, que se cuida de um meio de obtenção de prova, como tantos outros disponíveis no direito positivado pátrio. Por isso mesmo, considero que não há nem um tipo de rejeição moral em relação à colaboração premiada”.

“É certo que o denunciado, investigado, réu, tem o direito fundamental, essencial, sagrado, de não se autoincriminar. Mas ele não tem a obrigação de mentir. Ele pode ir, ou não, de acordo com a convicção pessoal e da sua defesa técnica”.

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