Bolsonaro não foi ao STF por causa de fake news; entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro durante julgamento no Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/STF

Após surpreender seus seguidores e ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhar o primeiro dia do julgamento que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desistiu de comparecer ao segundo dia após cair em uma fake news.

A decisão de fugir, segundo Natuza Nery, da GloboNews, foi tomada nesta quarta-feira (26) após circularem informações falsas entre seus aliados sobre a possibilidade de ele sair do plenário usando uma tornozeleira eletrônica.

“Eu sabia o que ia acontecer. Espero, hoje, botar um ponto final. Parece que têm algo pessoal contra mim, e a acusação é muito grave. São infundadas”, declarou Bolsonaro em coletiva de imprensa após a decisão do STF, tentando justificar sua ausência no tribunal.

A ausência do ex-presidente no STF, que ficou no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), onde orou e chorou, provocou reações imediatas em seu círculo de aliados. O jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente ditador João Batista Figueiredo, foi o primeiro a romper publicamente com o “capitão” após a decisão judicial.

Após elogiar a postura de Bolsonaro no primeiro dia de julgamento, Figueiredo mudou radicalmente de tom: “Impossível Bolsonaro manter uma boa estratégia por dois dias seguidos”, escreveu, classificando o ex-presidente como “péssimo estrategista”.

Em resposta a uma seguidora que defendia Bolsonaro, Figueiredo foi ainda mais contundente: “Foi a estratégia dele que nos enfiou nesta merda”.

A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux, aceitou por unanimidade a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acusa Bolsonaro e sete aliados de crimes como:

– Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
– Golpe de Estado
– Organização criminosa
– Dano qualificado ao patrimônio da União
– Deterioração de patrimônio tombado

O caso agora segue para fase de instrução processual, quando serão ouvidas testemunhas e analisadas as provas. Caso condenado, Bolsonaro poderá enfrentar penas de prisão.

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