Governo Lula aumenta em 9% salários nas Forças Armadas

O general Tomás Paiva, comandante do Exército, o presidente Lula e o ministro da Defesa, José Múcio. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo Lula (PT) publicou, nesta sexta-feira (28), uma Medida Provisória que concede reajuste salarial de 9% para os militares das Forças Armadas. O aumento será implementado em duas parcelas: 4,5% a partir de 1º de abril de 2025, curiosamente quando o golpe militar completa 61 anos. Os outros 4,5% serão pagos a partir de 1º de janeiro de 2026, com impacto estimado de R$ 3 bilhões nos cofres públicos.

A decisão representa a conclusão de negociações conduzidas pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, com o presidente Lula ao longo do último ano. O acordo foi finalizado pouco antes do envio do projeto de lei do Orçamento para 2025, equiparando o percentual de aumento já concedido aos servidores públicos civis.

“O reajuste salarial era um pleito dos chefes das Forças Armadas desde o início do governo Lula”, destacou uma fonte do Palácio do Planalto à Folha de S.Paulo. Os militares receberam aumentos consecutivos durante quatro anos após a reforma da Previdência militar em 2019, mas os ganhos não acompanharam a inflação acumulada nos últimos períodos.

Lula caminha em frente a militares. Foto: Cristiano Mariz/O Globo

A estrutura remuneratória militar combina soldo básico com diversos adicionais, incluindo tempo de serviço, formação em cursos e disponibilidade operacional. Com o novo reajuste, a remuneração bruta de um oficial-general de quatro estrelas, o topo da hierarquia militar, poderá ultrapassar R$ 40 mil mensais.

O ministro vinha defendendo desde 2023 a necessidade de equiparação salarial entre civis e militares. “Mucio dizia que o reajuste seria importante para trazer isonomia no tratamento entre civis e militares”, recordam fontes do Ministério da Defesa.

No entanto, a proposta enfrentou resistência inicial de setores da equipe econômica, que argumentavam que os militares já haviam sido beneficiados com aumentos em 2019, enquanto os servidores civis tiveram perdas com a reforma previdenciária.

A aprovação do reajuste ocorre após um período de tensão nas relações entre o governo e as Forças Armadas, marcado pelos eventos de 8 de janeiro de 2023.

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