Brasileiros presos nos EUA passam fome e denunciam maus-tratos em centro de detenção

O centro de detenção de Pine Prairie, no estado de Louisiana, nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

Brasileiros presos em um centro de detenção no estado de Louisiana, nos Estados Unidos, têm denunciado condições desumanas, como falta de comida e água, um ambiente insalubre e tratamento agressivo. Ao menos três pessoas do país estão no local no momento.

Segundo a agência de notícias Deutsche Welle, os brasileiros relatam que só têm acesso a uma garrafa de água mineral por dia e que precisam beber água de torneira, com gosto de cloro e coloração amarelada, quando acaba.

“Alimentação muito ruim. Muito, muito, muito, sabe? A gente tenta se manter o mais forte possível, porque a alimentação não é boa, sabe? A gente procura os oficiais aqui de dentro [para pedir] ajuda, sabe? Eles não estão nem aí para a gente, não estão nem aí porque a gente não sabe falar inglês”, conta um deles.

Ele afirma que já perdeu “muitos quilos” no centro de detenção e que tem chorado “todos os dias”. “Estar neste lugar aqui parece um inferno. Eles tratam a gente de qualquer jeito. É complicado estar numa situação dessas, em que era para a gente ser tratado pelo menos com certa humanidade, e ser tratado igual a um cachorro”, diz outro brasileiro.

Um relatório da organização Robert F. Kennedy Human Rights, já expôs as condições do local em 2021. Na ocasião, o documento apontou que o centro de detenção de Louisiana costumava oferecer com frequência alimentos expirados aos presos.

Os brasileiros que estão no local relatam ter dificuldades para conseguir cuidados médicos apropriados e até manter contato com familiares e advogados. “Eu quero minha liberdade, porque eu não sou bandido. Eu não sou bandido para ser tratado igual a um animal, igual a gente está sendo tratado aqui dentro desses centros de detenção”, aponta um deles.

O centro é operado pelo grupo empresarial GEO, que teve um aumento no valor de suas ações após a eleição de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que já mandou prender quase 33 mil pessoas em seus 50 dias de mandato.

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