O VIX (Volatility Index), conhecido como “Índice do Medo” de Wall Street, disparou nesta sexta (4), após o anúncio da China de retaliar o “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com uma taxa de 34% sobre todos os produtos que vêm do país. O índice pode ter a maior alta dos últimos anos se fechar no atual patamar.
Por volta das 11h30, o indicador subiu 33,58%, chegando a 40,10 pontos. O número chegou a bater os 45,54 antes de voltar próximo dos 40. Se fechar acima desse número, será a maior alta desde outubro 2020, durante a pandemia de Covid-19.
O VIX é baseado em preços de opções ligadas ao S&P 500, índice composto por 500 ativos cotados nas bolsas de NYSE, de Nova York, ou NASDAQ, segunda maior bolsa de valores do mundo, com índices de gigantes da tecnologia, como Apple, Google e Amazon.
O indicador do VIX costuma ficar em torno de 20 pontos e a última vez em que sofreu uma forte alta foi em agosto do ano passado, quando houve uma repentina valorização do iene japonês, o que trouxe incerteza ao mercado.
Na ocasião, o mercado voltou ao normal rapidamente, mas as taxas desta vez indicam uma crise mais prolongada, como durante a crise sanitária. O patamar atual registrado no “Índice do Medo” é o pior em oito meses e a disparada ocorre pelo segundo dia consecutivo.
A porcentagem das tarifas anunciada pela China, de 34%, é a mesma anunciada por Trump durante o “tarifaço”, na última quarta (2). O ministro das Finanças do país, Lan Foan, afirmou que a taxa passará a valer na próxima quinta (10).
O governo chinês também anunciou que vai impor controle sobre a exportação de terras raras, com matérias-primas difíceis de encontrar pelo mundo, para os Estados Unidos. As regiões incluem minérios que são base para a produção de produtos tecnológicos, como computadores e chips para celulares.
Conheça as redes sociais do DCM:
Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line
