Antes fisioterapeuta em Roraima, ele virou trader e analista com centenas de alunos

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No episódio 5 da terceira temporada do programa Arte do Trade, no canal GainCast, Humberto Brasil, analista técnico, explica como virou referência no uso do gráfico Renko para operações com índice e dólar.

Antes de se tornar um nome conhecido no day trade, Humberto era fisioterapeuta em Boa Vista, Roraima. Filho único, vivendo com a mãe e a avó, largou a profissão para atuar no mercado financeiro. A escolha, arriscada, deu certo: hoje, aos 32 anos, lidera a sala de análise técnica da Top Gain com um estilo direto, disciplinado e focado na simplicidade operacional.

Início da jornada

“Em vez do day trade, fui estudar opções. Comecei com alfa, beta, teta, gama… Quando descobri outras oportunidades caí no mundo do day trade. A volatilidade me atraiu”, conta ele.

Humberto Brasil começou no mercado financeiro em 2019, mas foi no início da pandemia, ao receber um convite para voltar à fisioterapia, que tomou a decisão definitiva de seguir no trading. “Coloquei peso e medida. Eu, filho único, com mãe mais velha, minha avó, além da pandemia”, recorda o período em que não retornou à fisioterapia e resolveu ficar em casa e fazer trade.

Começo como professor

Foi durante as férias em João Pessoa que recebeu o convite inusitado que mudaria o seu rumo. O analista Matheus Lima o convidou para integrar a equipe da Top Gain em um novo projeto.

“Ele me ligou dizendo que precisava de alguém que operasse gráfico de Renko. Eu nunca tinha dado aula, mas aceitei o desafio. Começamos com 10 pessoas, depois 30. Quando vi, estava explicando para 400 alunos. Bebi uns dois litros de água de nervoso”, lembra. Hoje, Humberto está há três anos na casa com 380 alunos que o acompanham diariamente.

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Gestão de risco

Humberto é conhecido por utilizar o gráfico atemporal, que considera mais limpo e objetivo. “Minha metodologia se baseia no gráfico Renko, que filtra o ruído do mercado. Você vê o pivô de alta, de baixa, suporte, resistência. É tudo mais claro. Visualmente, fica fácil de entender”, explica.

A simplicidade do Renko, no entanto, exige atenção à lateralização do mercado, momento em que Humberto migra para o gráfico de pontos.

Ao contrário de muitos que complicam setups (estratégias) com dezenas de indicadores, Humberto mantém a clareza como prioridade.  “Uso o gráfico limpo, médias móveis Tillson’s e o MACD (Moving Average Convergence Divergence) adaptado como se fosse um Estocástico. O mercado é simples, a gente que complica”, afirma.

Seu gerenciamento de risco é direto: três stop loss no dia e ele encerra as operações. “Três trades de loss pra mim e estou fora do mercado”, afirma. No índice, seu stop é de 200 pontos. No dólar, 8 pontos. Pode parecer alto, mas Humberto justifica: “Validei a minha estratégia desse modo”.

Além do controle de risco, ele orienta os alunos a respeitarem metas. “Bateu a meta? Coloca trava de ganho”, alerta.

Disciplina como diferencial

Em um mercado em que muitos abandonam o barco em poucos meses, Humberto atribui sua permanência na dedicação ao estudo. “Eu anotava todos os trades, ponto de entrada, o motivo, parcial, alvo. No começo, eram post-it grudados no monitor: ‘não operar contra a média’, ‘cuidado com o pivô’. Isso virou hábito”.

Humberto Brasil ensina que o verdadeiro diferencial está na disciplina. “Você pode ganhar com qualquer operacional, desde que siga o plano. O problema é que as pessoas mudam no meio do caminho. Aí o problema não é o setup, mas o operador”, conclui.

Hoje referência em análise técnica, Humberto resume sua filosofia de forma pragmática: “Não tem operacional certo ou errado. Tem o que funciona pra você. Se você está ganhando dinheiro, está ótimo”.

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.

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