Donald Trump está no meio da opinião pública, depois de anunciar as diferentes taxas de tarifas numa vasta lista de países do mundo. A decisão do presidente dos Estados Unidos também afeta o mundo corporativo de seu país, principalmente aqueles que trabalham delegando a fabricação de componentes no exterior, como é o caso dos aparelhos eletrônicos.
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O preço do iPhone vai aumentar? É muito cedo para prever, mas certamente custará muito mais dinheiro à Apple para produzir um smartphone ou qualquer um de seus outros dispositivos.
Tarifas de 34% sobre a China
As tarifas para o governo chinês são as piores para a empresa da maçã mordida. Embora a Apple seja uma empresa americana, a maioria dos iPhones são montados no gigante asiático, especificamente em fábricas como a Foxconn.
Se os Estados Unidos imporem tarifas mais elevadas aos produtos fabricados na China (ou aos principais componentes provenientes de lá), o custo de produção do iPhone aumentará. E embora a Apple pudesse assumir parte dessa despesa, o mais comum é que repassem esse aumento para o consumidor final.
Vamos dar o exemplo de quanto aumentaria o iPhone 16 Pro Max, que é o atual carro-chefe da Apple.
Vamos tomar como referência o preço base nos Estados Unidos, que é de aproximadamente US$ 1.700. Se aplicarmos uma tarifa de 34% a isso, seu preço poderá subir para aproximadamente US$ 2.278.
Isso significa um aumento de US$ 578, apenas por conta da tarifa. É uma diferença bastante significativa, especialmente se pensarmos nos mercados fora dos Estados Unidos. onde já são pagos impostos adicionais, como é o caso da Argentina, do Brasil ou de grande parte dos países latino-americanos.
O mais incrível de tudo é que a China, em resposta aos americanos, decidiu impor tarifas de 34% sobre os produtos americanos, o que acrescentaria um aumento adicional ao preço acima mencionado. Ao todo, o iPhone custaria cerca de US$ 2.300.
Opções da Apple
Assumir o custo de produção e manter o preço para os usuários seria o ideal para quem consome aparelhos Apple. No entanto, isso causaria um desastre financeiro para a empresa.
Outra opção é aumentar o preço e colocá-lo nos valores que informamos, o que também seria catastrófico para a Apple, pois reduziria drasticamente suas vendas.
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Existe uma terceira opção: a procura de alternativas em mercados de produção, que não a China. O ruim é que, como explica a Applesfera, países como a Índia ou o Vietnã (verdadeiras opções para a gigante de Cupertino) ainda não têm força para assumir a carga de trabalho e a eficiência das empresas chinesas.