O dólar saltou na última sessão, impulsionado pelo aumento da aversão ao risco nos mercados globais após os Estados Unidos anunciarem novas tarifas contra parceiros estratégicos, incluindo a China. A medida gerou temores de uma nova guerra comercial e seus efeitos colaterais sobre o comércio mundial, pressionando moedas emergentes e ativos de risco — entre eles, o real e a Bolsa brasileira, que encerrou o dia no vermelho.
O movimento foi intensificado pela expectativa de desdobramentos diplomáticos e econômicos nos próximos dias. Investidores monitoram possíveis retaliações por parte da China.
Os contratos de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, encerraram a última sessão com alta de 0,92%, aos 5.937 pontos, consolidando um novo avanço após o movimento positivo das sessões anteriores.
Para o pregão desta terça-feira (8) o cenário deve continuar volátil. A expectativa gira em torno de uma abertura ainda pressionada.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o minidólar manteve a trajetória de alta e fechou negociado acima das médias de 9 e 21 períodos, reforçando o viés positivo no curto prazo. O movimento foi marcado por volatilidade, mas com predominância compradora, especialmente após a superação das faixas anteriores.
Para que essa tendência ganhe continuidade, o ativo precisa romper a resistência em 5.943,5/5.958,5 pontos com volume consistente. Caso esse rompimento se confirme, os alvos passam a ser 5.972/5.985 pontos, com resistência mais longa em 6.000/6.010 pontos.
Por outro lado, atenção à região de suporte em 5.934/5.927 pontos. A perda dessa faixa pode atrair fluxo vendedor e levar o ativo a testar os suportes em 5.915/5.900 pontos, com objetivo mais distante entre 5.882/5.850 pontos.
A análise do gráfico diário confirma o cenário de fortalecimento técnico. A última sessão formou um candle de alta com bom volume comprador, rompendo a média de 200 períodos, que se encontra nos 5.886 pontos. A consolidação acima dessa média sinaliza que o ativo pode dar sequência ao movimento altista, especialmente se romper a máxima da última sessão (5.958,5 pontos).
Caso isso ocorra, os alvos passam a ser as resistências em 5.985/6.000 pontos. Por outro lado, uma eventual perda da média de 200 pode abrir espaço para correção técnica até a zona das médias de 9 e 21 períodos, atualmente mais afastadas do preço após a alta recente.O IFR (14) está em 60,44 pontos, ainda em zona neutra, o que permite espaço para mais altas, mas também exige cautela frente a eventuais sinais de exaustão do movimento.
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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
A perspectiva no gráfico de 60 minutos segue favorável à continuidade da alta, com o ativo sustentando-se acima das médias de 9, 21 e 200 períodos. O fluxo comprador permanece dominante, mas o distanciamento atual em relação às médias sugere espaço para algum ajuste técnico, caso falhe na superação das resistências.
O principal obstáculo para a continuidade do movimento de alta está na região de 5.958,5/5.985 pontos. Um rompimento consistente dessa faixa pode acelerar o fluxo comprador rumo às resistências em 6.009/6.022 pontos, com alvos mais longos em 6.037 e 6.063 pontos.
Para que o ativo retome o movimento de baixa, será preciso romper o suporte em 5.922/5.882 pontos. Se isso ocorrer, o fluxo vendedor tende a se intensificar, com próximas zonas de suporte localizadas em 5.872/5.839,5 pontos, e objetivo mais estendido entre 5.810/5.776 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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