
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) decidiu, por unanimidade, nesta terça-feira (8), reverter a decisão de primeira instância que havia declarado o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por oito anos por abuso de poder político. A Corte também anulou as sanções aplicadas ao prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), e à vice dele, coronel Cláudia (Avante), que também estavam impedidos de disputar eleições.
Apesar de afastar as penalidades mais severas, os juízes mantiveram a aplicação de multas por conduta vedada. Caiado foi multado em R$ 60 mil, e Mabel, em R$ 40 mil. Ambos ainda podem ser alvo de recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), caso a decisão seja contestada.

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A acusação teve origem em uma sentença de dezembro de 2024 da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia. A magistrada entendeu que o governador teria usado a estrutura do Palácio das Esmeraldas — sede do governo estadual — para realizar jantares com vereadores e lideranças políticas durante o processo eleitoral de 2024, o que configuraria uso indevido da máquina pública em benefício da candidatura apoiada por ele na capital.
Na ocasião, Zorzetti declarou a inelegibilidade de Caiado, Mabel e Cláudia por oito anos, além da cassação da chapa eleita. A decisão, no entanto, não teve execução imediata, permitindo que Caiado continuasse no cargo e que os eleitos fossem diplomados.
Nas redes sociais, Caiado afirmou ter recebido a decisão com “tranquilidade” e reiterou sua confiança no Judiciário. “Minha trajetória é de absoluto respeito às leis do nosso país e seguirei sempre neste caminho”, escreveu.
A decisão do TRE-GO marca uma reviravolta importante no cenário político de Goiás e tem impacto direto na projeção nacional de Caiado, que é pré-candidato à Presidência da República em 2026, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneça inelegível.
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