
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (9) com a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, antes da abertura oficial da 9ª Reunião da Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), realizada em Tegucigalpa, capital de Honduras.
Em entrevista à imprensa, Lula destacou a importância de estreitar as relações comerciais entre Brasil e México e propôs a realização de grandes eventos empresariais para fomentar negócios entre os dois países.
“É muito importante que o México e o Brasil estejam juntos. Não apenas para ajudar a fortalecer a América Latina, mas para fortalecer o comércio entre os dois países”, afirmou Lula.
De acordo com o presidente brasileiro, a proposta é organizar fóruns empresariais bilaterais a cada dois anos, intercalando as edições entre o Brasil e o México, em um modelo semelhante ao adotado com o Japão. Em março, durante visita oficial a Tóquio, Lula participou do Fórum Empresarial Brasil-Japão com foco em investimentos e inovação.

Durante a entrevista, Lula também criticou a política dos Estados Unidos de impor tarifas a produtos importados de países como Brasil e China. O presidente brasileiro voltou a defender o multilateralismo nas relações internacionais, afirmando que acordos unilaterais enfraquecem a estabilidade global.
“Não é aceitável a hegemonia de um país, nem militar, nem cultural, nem industrial, nem tecnológica, nem econômica, sobre os outros”, disse. “É importante que todo mundo tenha sua soberania respeitada e suas decisões levadas em conta.”
Lula reforçou que o Brasil continuará priorizando o diálogo nas relações exteriores: “Tudo no Brasil é feito na base da conversa, da negociação. É assim que a gente quer transformar o país em uma economia forte.”
Ainda na Cúpula da CELAC, Lula defendeu a proposta de uma candidatura unificada de uma mulher para o cargo de secretária-geral da ONU, iniciativa brasileira apresentada aos demais líderes da América Latina e Caribe.
“As mulheres estão ocupando espaços cada vez mais relevantes. O século 21 pode ser, verdadeiramente, o século da mulher”, afirmou.
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