China acelera compra de soja brasileira em meio à guerra comercial com os EUA

Máquina agrícola despeja grãos de soja em caminhão durante colheita na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA). Foto: Reprodução

A China tem acelerado a compra de soja brasileira para evitar o grão produzido pelos Estados Unidos após o início da guerra comercial entre os países. Metade da receita americana com exportações do produto vem o envio para o mercado chinês.

Segundo a agência Bloomberg, ao menos 2,4 milhões de toneladas de soja foram encomendadas no início da semana. A quantidade representa quase um terço do volume médio que a China costuma processar mensalmente.

O Brasil já é o maior exportador de soja para a China, mas os Estados Unidos aparecem em segundo na lista. A ideia é fazer com que o grão brasileiro ganhe mais espaço em relação ao americano no país asiático, mas existe uma limitação.

O produto brasileiro abastece os mercados globais no primeiro semestre, enquanto o americano é colhido e vendido na segunda parte do ano. Uma substituição completa da fonte, portanto, parece não ser viável inicialmente.

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, na cúpula do G20 no Japão, em 2019. Foto: Kevin Lamarque/Reuters

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) anunciou, em 6 de abril, que o Brasil já colheu 85% das lavouras de soja plantadas na safra 2024/25. No Mato Grosso, principal produtor do país, 99,5% do processo já foi finalizado, enquanto no Rio Grande do Sul, apenas 35% foi concluído, e a colheita pode acelerar a partir de agora.

No ano passado, em relatório, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo) já apontava que existe um avanço na demanda internacional pela soja brasileira, de acordo com a coluna de Graciliano Rocha no UOL.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem aplicado tarifas sobre importações chinesas desde janeiro e na última semana, no “Dia da Libertação”, impôs uma taxa de 34% sobre o país asiático, que anunciou uma retaliação.

Atualmente, a China enfrenta uma taxa de 145% sobre produtos importados pelos Estados Unidos e aplicou uma tarifa de 125% para itens americanos.

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