IBGE revela as profissões com maiores salários no Brasil; veja quem lidera

Oficiais maquinistas da Marinha trabalhando. Divulgação: Marinha do Brasil

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os oficiais maquinistas em navegação ocuparam o topo do ranking das profissões mais bem remuneradas no Brasil no último trimestre de 2024. Com informações do G1.

Com um salário médio mensal superior a R$ 24 mil, esses profissionais superaram até médicos, juízes e diretores de empresas, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), analisada pela consultoria LCA 4intelligence.

A pesquisa considerou 428 ocupações, classificadas com base na renda média dos trabalhadores, abrangendo diferentes vínculos empregatícios, como o setor público, o setor privado (com ou sem carteira assinada) e trabalhadores autônomos. Ao todo, a classificação do IBGE inclui 435 profissões, mas sete delas não apresentaram dados suficientes para serem analisadas nesse período.

Os oficiais maquinistas desempenham uma função estratégica na operação de navios, sendo responsáveis pela manutenção, reparo e funcionamento de equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos a bordo. Em alguns casos, também exercem funções de apoio em terra. Trata-se de uma profissão altamente técnica, que exige formação especializada e está, na maioria das vezes, vinculada ao setor público — fator que contribui significativamente para os altos salários.

Para o economista Bruno Imaizumi, da LCA 4intelligence, o elevado rendimento desses profissionais está diretamente relacionado à qualificação exigida e à predominância de vínculos com o setor público, onde os salários costumam ser mais vantajosos. Ele destaca ainda que os rendimentos refletem não apenas a produtividade, mas também o grau de formalização no mercado de trabalho.

O IBGE classificou 435 profissões por ordem de remuneração. Foto: Reprodução

Além dos oficiais maquinistas, outras profissões que se destacam entre os maiores rendimentos incluem dirigentes de exploração de mineração, filósofos, escriturários, economistas e engenheiros químicos. A presença de áreas técnicas e acadêmicas reforça a valorização de formações especializadas no cenário profissional brasileiro. Consulte aqui a lista completa.

Na outra ponta do ranking, aparecem ocupações com os menores salários, como acompanhantes e criados particulares, carregadores de água, coletores de lenha e trabalhadores da caça, pesca e aquicultura. Nessas atividades, a média salarial mensal parte de apenas R$ 404, evidenciando a precarização e a falta de proteção social desses profissionais.

Segundo Imaizumi, a informalidade é um dos principais fatores que impedem a valorização dessas funções. “As ocupações nas últimas posições estão, em sua maioria, fora das estruturas formais do mercado, o que dificulta o aumento dos rendimentos e a conquista de estabilidade financeira”, explica o economista.

A Pnad Contínua calcula o rendimento médio com base em todos os valores efetivamente recebidos pelos trabalhadores no mês de referência, sem considerar descontos de impostos ou contribuições como o INSS. Em outras palavras, trata-se do salário bruto mensal.

As 428 ocupações analisadas fazem parte da Classificação de Ocupações de Pesquisas Domiciliares (COD), sistema implementado nas pesquisas domiciliares a partir do Censo de 2010. Essa padronização permite não apenas o acompanhamento da realidade do mercado de trabalho no Brasil, mas também a comparação com dados internacionais.

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