
Em um caso que chocou os Estados Unidos, um homem de 32 anos foi resgatado após atear fogo na própria casa em Waterbury, Connecticut, como forma de fugir de um cativeiro que já durava duas décadas. Segundo reportagem do The New York Times, ele foi encontrado por bombeiros em estado crítico, pesando apenas 31 quilos.
O resgate aconteceu no fim de fevereiro, após um incêndio consumir parte da residência onde o homem vivia com o pai e a madrasta. De acordo com os oficiais que atenderam a ocorrência, o homem estava desnutrido, com dentes quebradiços, e em condições consideradas “sub-humanas”. Ele foi encaminhado para um hospital local, onde contou pela primeira vez o que viveu por mais de 20 anos.
O relato é perturbador: ele era mantido trancado em um quarto por 23 horas por dia, sem acesso ao banheiro, sendo forçado a defecar sobre jornais e urinar pela janela. Segundo ele, desde os 12 anos de idade não tinha acesso a cuidados médicos ou odontológicos. Enquanto comia um sanduíche no hospital, dentes seus quebravam devido à fragilidade.
O próprio homem confessou às autoridades que iniciou o incêndio como último recurso para chamar atenção e ser libertado, mesmo correndo risco de vida.

A madrasta, Kimberly Sullivan, de 57 anos, foi formalmente acusada no Tribunal Superior de Waterbury no fim de março. As acusações incluem sequestro, agressão, contenção ilegal, crueldade e imprudência. O pai do homem ainda não teve seu envolvimento detalhado pelas autoridades.
Por questões de segurança e proteção à vítima, o nome e a imagem do homem não foram divulgados. Ele permanece internado, sob cuidados médicos, e deve iniciar um longo processo de reabilitação física e psicológica.
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