Ibovespa, dólar e S&P 500 em zonas importantes: veja o que esperar para a semana

ações em queda

Após uma semana marcada por intensa volatilidade, os mercados iniciam o novo ciclo em clima de cautela, mas com sinais técnicos promissores.

O Ibovespa conseguiu encerrar a semana em alta, mesmo diante das incertezas causadas pela escalada protecionista dos Estados Unidos. A sinalização de que os impactos do chamado “tarifaço” de Trump podem ser limitados trouxe algum alívio ao mercado local.

Em Nova York, os principais índices avançaram com força — o S&P 500 registrou sua melhor semana desde novembro de 2023 — impulsionados por resultados corporativos positivos e dados econômicos que reforçaram as expectativas de cortes de juros ainda este ano.

O alívio externo também encontrou respaldo em indicadores domésticos. Apesar de ainda apresentar ritmo moderado, a economia brasileira demonstrou sinais de resiliência.

A divulgação do Boletim Focus nesta segunda-feira (15) deve oferecer novas pistas sobre as expectativas de inflação e juros, num momento em que o Banco Central enfrenta pressão entre a necessidade de estímulo e a cautela fiscal.

No radar, investidores monitoram de perto a decisão de juros na zona do euro e os novos dados de atividade econômica da China, fundamentais para calibrar expectativas sobre o crescimento global e o apetite por risco.

No câmbio, o dólar comercial encerrou a sexta-feira em queda, cotado a R$ 5,07, acompanhando o movimento de enfraquecimento da moeda americana frente a pares globais. A performance do índice DXY será especialmente relevante nesta semana, pois pode indicar a direção do fluxo internacional de capital.

O investidor, portanto, deve manter atenção redobrada às sinalizações técnicas e macroeconômicas que podem influenciar as tendências de curto prazo.

Confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Ibovespa

No curto prazo, o Ibovespa tenta recuperar força após a forte correção desde o topo de 2025 (133.900 pontos). A alta de 3,12% na última quarta-feira reforçou esse viés, ainda considerado uma correção técnica. Para consolidar o movimento, será essencial romper a faixa entre 128.170 e 128.650 pontos, além da média de 200 períodos. Acima disso, os próximos alvos estão em 130.065, 133.900 e 135.880 pontos.

Caso o índice perca a mínima recente (126.080), o sinal será de enfraquecimento da força compradora, com alvos descendentes em 123.875, 122.530, 121.160 e, no limite, 118.222 pontos. O IFR(14) está em 48,23, indicando neutralidade no momento.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Bolsas Americanas: S&P 500 e Nasdaq

O S&P 500 mostrou recuperação após segurar a pressão vendedora na região dos 4.920 pontos, mas segue pressionado por uma tendência de baixa no curto prazo. O índice precisa romper os 5.480 pontos para retomar a trajetória de alta, mirando os níveis de 5.680 a 6.150 pontos. Abaixo de 4.920, o risco é de nova queda rumo aos 4.680, 4.530 e até 4.100 pontos.

Fonte: Trading View. Gráfico diário. Elaboração: Bruno Nadai

Já o Nasdaq apresentou forte alta, com destaque para a disparada de mais de 12% no último dia 9. O índice opera entre as médias de 9 e 21 períodos, zona decisiva para os próximos passos. Para sustentar a recuperação, precisa superar as resistências em 19.152, 20.292 e 21.350 pontos. Caso perca a faixa entre 18.520 e 18.000, o viés volta a ser de baixa, com alvos em 17.000, 16.542 e até 15.700 pontos.

Fonte: Trading View. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

DXY e Dólar

O índice DXY mantém viés de baixa no curto prazo, respeitando uma linha de tendência descendente e formando topos e fundos menores. Apesar de uma reação compradora na região de suporte dos 99.250 pontos, o cenário técnico segue frágil. Caso esse nível seja perdido, os próximos suportes estão em 97.200, 95.140 e 92.900 pontos. Já uma recuperação pode levar o índice até as resistências em 101.870 e, acima disso, entre 103.500 e 104.730 pontos — região-chave para possível reversão de tendência.

Fonte: TradingView. Gráfico diário. Elaboração: Bruno Nadai

O dólar futuro segue em tendência principal de alta no gráfico diário, após reagir fortemente ao testar a LTA na região dos 5.620 pontos. O movimento levou o ativo de volta à resistência dos 6.105 pontos, reforçando o cenário positivo. Para manter essa estrutura, é fundamental que o contrato siga acima dos 5.800 pontos, o que abriria caminho para os alvos em 6.105, 6.305 e 6.497 pontos.

Por outro lado, a perda dos 5.800 pontos pode sinalizar fraqueza e levar o mercado de volta à região crítica entre 5.620 e 5.572 pontos. Abaixo disso, o risco de reversão aumenta, com suporte relevante em 5.308 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Bruno Nadai

Guias de análise técnica:

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