A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), negou que o governo federal esteja promovendo uma retaliação contra deputados aliados que assinaram o pedido de urgência para votar o projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro de 2023.
Em entrevista à CNN, Gleisi afirmou que o Planalto busca alertar os parlamentares sobre os impactos políticos, jurídicos e institucionais da proposta. “O governo não está numa operação de retaliação. Está, sim, mostrando aos deputados a gravidade desse projeto. Ele garante impunidade a Jair Bolsonaro e aos que tentaram derrubar o nosso governo”, disse a ministra.
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Das 262 assinaturas coletadas para pedir que ele seja votado em regime de urgência, 146 são de parlamentares do União Brasil, Progressistas, Republicanos, PSD e MDB
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Gleisi também criticou o apoio de integrantes da base ao PL da Anistia. “É um absurdo apoiar essa proposta sendo da base do governo. Trata-se de uma afronta grave ao Judiciário e à democracia. A urgência deveria ser para propostas que realmente interessam à população”, completou.
A expectativa do entorno do presidente, contudo, é que seja promovido, ainda em maio, um “pente-fino” nos cargos de confiança indicados por deputados e senadores. A ideia é mapear essas nomeações e fortalecer a articulação política em votações estratégicas no Congresso, como a reformulação do Imposto de Renda e a PEC da Segurança Pública.
Mesmo parlamentares com baixa fidelidade ao Executivo ainda mantêm aliados em cargos de destaque em autarquias federais. Um levantamento pretende avaliar o compromisso real da base aliada, especialmente após o avanço do pedido de urgência da anistia, subscrito por 262 deputados — incluindo dezenas de integrantes dos partidos governistas.
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