Ditadura: Identificados restos mortais de Denis Casemiro e Grenaldo Silva na vala de Perus após mais de 50 anos Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos anuncia identificação de vítimas do regime militar enterradas em cova clandestina de São Paulo

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos identificou os restos mortais de Denis Casemiro e Grenaldo de Jesus Silva, desaparecidos políticos da ditadura, na vala clandestina de Perus, localizada na Zona Norte de São Paulo.

O anúncio foi feito em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A identificação foi possível graças ao trabalho do Projeto Perus, que reúne esforços do Ministério dos Direitos Humanos, da Prefeitura de São Paulo e da Unifesp para recuperar a memória das vítimas do regime militar.

A procuradora Eugênia Augusta Gonzaga, presidente da comissão, destacou a importância do reconhecimento:
“O Brasil precisa dessa memória, dessa verdade. O DNA dessas pessoas está ali, como prova da truculência daquele período”, afirmou.

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Conheça as histórias de Denis e Grenaldo, vítimas da repressão militar

Denis Casemiro Camargo, nascido em Votuporanga (SP), era trabalhador rural e operário em São Bernardo do Campo. Militante da Vanguarda Popular Revolucionária, foi preso em 1971, torturado no DOPS e posteriormente executado, conforme relatos da Comissão da Verdade.

Grenaldo de Jesus Silva, natural de São Luiz, era militar da Marinha e foi expulso um mês após o golpe de 1964 por se posicionar contra a ditadura. Trabalhou como porteiro e vigilante até ser morto com um tiro na cabeça em 1972, durante uma tentativa de sequestro de avião no Aeroporto de Congonhas.

Denis Camargo e Grenaldo de Jesus da Silva | Foto: reprodução/Comissão da Verdade

Vala clandestina de Perus guarda a memória de centenas de desaparecidos

A vala clandestina de Perus foi descoberta em 1990 no Cemitério Dom Bosco, em São Paulo. No local, foram encontradas mais de mil ossadas, incluindo indigentes, desaparecidos políticos e opositores da ditadura.

Desde então, o espaço se tornou símbolo da luta por verdade, memória e justiça. Um memorial foi instalado em 1993 pela ex-prefeita Luiza Erundina para homenagear as vítimas.


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