Irmão de Lula e dirigente sindical pede apuração completa de fraude no INSS

O sindicalista José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico” – Foto: Reprodução

José Ferreira da Silva, conhecido como “Frei Chico”, afirmou que espera uma apuração completa da Polícia Federal (PF) sobre as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi) e irmão do presidente Lula (PT).

“Eu espero que a Polícia Federal investigue de fato toda a sacanagem que tem. Agora, o nosso sindicato, eu tenho que certeza que nós não temos nada, não devemos m* nenhuma. Eu espero que ela investigue de fato porque tem muitas entidades por aí picaretas. Nosso sindicato já foi investigado, já foi feita auditoria e essas coisas. Estamos tranquilos”, afirmou Frei Chico ao Estadão.

O Sindnapi é uma das 11 entidades investigadas na Operação Sem Desconto, que apura irregularidades em cobranças a aposentados e pensionistas

A investigação aponta que entidades sindicalistas formalizavam Acordos de Cooperação Técnica com o INSS para aplicar descontos em folha de benefícios, muitas vezes sem autorização dos beneficiários.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que os descontos somaram R$ 7,99 bilhões, sendo quase todos irregulares. Em entrevistas com aposentados e pensionistas, a maioria afirmou não reconhecer as cobranças ou pensava que se tratava de uma obrigação legal.

No Sindnapi, Chico ocupa a vice-presidência, abaixo apenas de Milton Baptista de Souza Filho, o “Milton Cavalo”, que afirmou que não houve buscas na entidade.

O sindicato também divulgou nota defendendo o sindicalista e sua trajetória histórica no movimento, que começou ainda nos anos 1960.

Segundo a CGU, foram ouvidos 1,3 mil beneficiários que tinham descontos em folha. A maioria declarou não ter autorizado ou sequer solicitado qualquer benefício. Isso reforça a tese de que houve fraude sistemática nas autorizações.

Além do Sindnapi, outras entidades foram alvo da operação, como Contag, Conafer, Unaspub e ABCB. A operação também levou ao afastamento de seis servidores públicos. Um deles foi o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Alessandro Stefanutto, presidente do INSS – Foto: Divulgação

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