Em 24 de abril de 2025, o Ibovespa encerrou o pregão com uma expressiva alta de 1,79%, atingindo 134.580,43 pontos, o maior patamar de fechamento do ano e o mais elevado desde setembro de 2024. O índice foi impulsionado pelo desempenho positivo das ações da Vale, B3 e dos grandes bancos, além do otimismo nos mercados internacionais. Nos Estados Unidos, os principais índices de Wall Street registraram o terceiro dia consecutivo de fortes altas, refletindo a esperança de avanços nas negociações comerciais entre EUA e China. O presidente Donald Trump indicou a possibilidade de revisar tarifas comerciais dentro de “duas a três semanas”, o que contribuiu para o apetite por risco dos investidores.
Para os traders que operam o mini-índice (Ibovespa futuro), o cenário atual apresenta oportunidades, mas também exige cautela. A valorização do índice reflete o otimismo do mercado, mas é fundamental considerar que o terreno doméstico ainda apresenta desafios. O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que os efeitos do novo programa de crédito consignado para trabalhadores do setor privado ainda não foram incorporados às projeções oficiais de crescimento do PIB, indicando que há incertezas internas a serem monitoradas. Além disso, a temporada de divulgação de balanços do primeiro trimestre está em andamento, o que pode trazer volatilidade adicional ao mercado .
Já os contratos de mini-índice com vencimento em junho (WINM25) encerraram a sessão desta quinta-feira (24) em alta de 1,51%, aos 137.050 pontos, consolidando o quarto pregão consecutivo de valorização.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o mini-índice sustenta uma sequência consistente de quatro sessões de valorização, mantendo-se acima das médias móveis e demonstrando força compradora. Para que o movimento continue, será necessário romper a resistência em 137.300/137.575 pontos. Caso isso ocorra, o ativo poderá mirar as próximas regiões de 138.000/138.430 pontos, com alvo mais longo entre 138.845/139.330 pontos.
Por outro lado, se houver recuo e entrada de fluxo vendedor, o primeiro suporte está em 136.860/136.600 pontos. A perda dessa faixa pode intensificar o movimento de correção, abrindo espaço para novas quedas em direção às regiões de 136.285/135.770 pontos e, posteriormente, 135.130/134.625 pontos.
No gráfico diário, o movimento altista ganhou tração com a formação de um candle robusto de alta, rompendo inclusive a média de 200 períodos — um marco técnico relevante. O ativo agora negocia acima das médias de 9, 21 e 200 períodos, com viés claramente comprador.
Para que esse fluxo se mantenha, será necessário romper a faixa de 137.390/138.000 pontos. A superação desse nível poderá impulsionar o ativo rumo a novos patamares. Já para retomar um movimento de baixa, o papel teria que perder a região de 136.150/134.675 pontos. O IFR (14) em 62,96 indica que o ativo se aproxima da zona de sobrecompra, mas ainda sem sinais claros de reversão — o que abre espaço para mais altas, caso haja confirmação.
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WINM25: Gráfico de 60 minutos
A leitura do gráfico de 60 minutos também mostra um cenário construtivo para os compradores. A quarta alta consecutiva trouxe o ativo para cima das médias de 9, 21 e 200 períodos, reforçando a estrutura técnica positiva no intraday.
Caso o fluxo comprador persista, o rompimento da resistência em 137.390/138.000 pontos será determinante para destravar novas altas. A partir daí, os próximos alvos estão nas faixas de 138.430/138.845 pontos e, depois, em 139.330/139.880 pontos.
Se houver perda de força e entrada de fluxo vendedor, o primeiro suporte relevante está entre 136.550/135.620 pontos. A quebra dessa região poderá levar o mercado a buscar níveis inferiores, como 134.625/134.110 pontos, com suporte mais longo em 133.335/132.350 pontos.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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