
Nesta sexta-feira (25), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o país não dispõe atualmente de capacidade militar suficiente para retomar a Crimeia pela força. A declaração foi feita durante uma reunião em que o líder ucraniano também apelou à comunidade internacional para que mantenha a pressão sobre a Rússia, ocupante da península desde 2014.
Zelensky reconheceu a posição do ex-presidente americano Donald Trump ao admitir que a Ucrânia carece de armamentos adequados para reconquistar a região. Apesar disso, defendeu o uso de sanções econômicas e pressões diplomáticas para tratar da questão territorial, condicionando qualquer avanço a um cessar-fogo completo.
O presidente ressaltou que, embora o poder militar seja limitado, a diplomacia e a pressão econômica ainda oferecem caminhos viáveis para defender a soberania ucraniana. Segundo ele, o apoio internacional é crucial para manter o tema em pauta até que haja condições de negociar uma solução duradoura.
A Casa Branca divulgou recentemente uma proposta de estrutura de tratado que, segundo autoridades americanas, incluiria o reconhecimento do controle russo sobre a Crimeia e outras áreas ocupadas desde 2022. A revelação provocou debates e aumentou a preocupação de Kiev quanto aos rumos da diplomacia.
Em entrevista à revista Time, Trump afirmou que “a Crimeia permanecerá com a Rússia” e que Zelensky e outros líderes mundiais estariam cientes dessa realidade. A fala do ex-presidente foi recebida com cautela em Kiev, que reforçou sua posição de não abrir mão do território.
Zelensky reiterou que a Constituição da Ucrânia impede qualquer legitimação da anexação da Crimeia pela Rússia. Ele frisou que o território pertence ao povo ucraniano e que, como presidente, não poderia contrariar a legislação do país.

Durante a reunião, o presidente Volodymyr Zelensky mencionou que pretendia viajar ao Vaticano para participar do funeral do Papa Francisco, caso conseguisse conciliar a agenda de compromissos ligados à guerra. Até aquele momento, sua presença no evento ainda não estava confirmada.
Zelensky, no entanto, compareceu à cerimônia acompanhado da primeira-dama, Olena Zelenska, e de outros membros da delegação ucraniana. Aproveitou a ocasião, que reuniu diversas lideranças mundiais, para articular apoios e discutir os desdobramentos do conflito contra a Rússia.
O governo da Ucrânia segue empenhado em manter o respaldo internacional e encontrar uma solução que respeite a integridade territorial do país. A guerra, iniciada com a invasão russa, continua a testar os limites da diplomacia e da resistência ucraniana.
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