A PGR passando pano para o agressor bolsonarista. Por Moisés Mendes

Hindenburgo Chateaubriand Filho, Gleisi e Gayer. Foto: Fotomontagem/Reprodução

A Procuradoria-Geral da República (PGR) tenta avalizar uma estratégia muito usada pelo fascismo brasileiro, ao propor uma conciliação com o agressor da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

O agressor é o deputado Gustavo Gayer (PL-GO). Segundo a PGR, por iniciativa do seu vice-procurador geral, Hindenburgo Chateaubriand Filho, Gayer e Gleisi devem se entender, para que uma queixa-crime dela contra o bolsonarista não siga em frente. Veja o vídeo:

Gayer publicou nas redes sociais, esse ano, que Lula “ofereceu Gleisi Hoffmann como um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”. O fascista se referia ao fato de que Lula havia dito que Gleisi é uma mulher bonita.

Gayer também citou o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), namorado de Gleisi: “E aí, Lindbergh Farias, vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para o Hugo Motta e Alcolumbre como um cafetão oferece uma GP (garota de programa)?”.

 

Postagens de Gustavo Gayer sobre Gleisi Hoffmann – Reprodução/X

Hindenburgo Chateaubriand Filho acha que cabe um acordo. O deputado apita para a cachorrada, chama Gleisi de prostituta e depois pede desculpas.

É o que a PGR sugere. Mas a agressão já foi feita e comemorada pelas hienas. O fascismo usa muito essa tática.

A resposta de Gleisi foi previsível: “É indigno o vice-procurador, que examina a queixa-crime apresentada por mim, pedir uma audiência de conciliação com Gustavo Gayer. Não há conciliação possível com quem violentamente ofendeu a mim e minha família, com ataques misóginos, machistas, que alcançaram outras pessoas. Da
Procuradoria-Geral da República se espera o cumprimento da lei”.

O que significa que o processo vai seguir em frente, como deve acontecer. Mas fica a pergunta: que história é essa de considerar uma agressão desse tamanho algo sem gravidade que mereça conciliação? Tem cada um nessa PGR.

(Os operadores do Direito que se encarreguem da controvérsia. A tentativa de conciliação é uma possibilidade ou uma obrigação de ofício do MP ou do juiz? Quem escreve aqui é um ex-réu de queixa-crime por ‘ofensa à honra’ que nunca foi chamado para conciliação pelo MP antes de virar réu ou depois de virar réu pelo juiz. Esclarecendo que, como acontece com Gleisi Hoffmann, a conciliação não seria aceita pelo acusado. O grande e poderoso acusador perdeu em primeira instância e não recorreu.)

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