Mensagens mostram assédio do PCC a ministro do STF indicado por Bolsonaro

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF) – Foto: Reprodução

Mensagens e cartas revelam que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) tentaram se aproximar do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), mostram que emissários ligados à facção viajaram até Brasília para tentar agendar encontros com o ministro, mas não conseguiram concretizar o contato. Com informações do Metrópoles.

O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) inclui 683 páginas com trocas de mensagens e cartas escritas por Rodrigo Felício, conhecido como “Tiquinho”, que cumpre pena na Penitenciária de Presidente Venceslau II.

Em uma das correspondências, ele orienta a filha sobre como abordar o ministro. O material apreendido revela que a filha participou de um jantar em uma embaixada e buscou contatos que prometiam acesso a Nunes Marques.

Apesar das conversas e tentativas, a investigação afirma que não há indícios de que qualquer reunião tenha ocorrido. O gabinete do ministro confirmou que Nunes Marques rejeitou seis pedidos apresentados pela defesa de Tiquinho e que não conhece as pessoas citadas nas conversas – um advogado do faccionado foi recebido apenas por um juiz instrutor do gabinete, em audiência realizada por videoconferência.

Os diálogos interceptados mostram que a filha de Tiquinho chegou a mencionar dificuldades para garantir uma reunião direta com o magistrado. Mesmo assim, ela disse que tentativas continuariam, embora um dos contatos próximos ao STF tenha sido considerado ineficaz para os objetivos da facção. As mensagens trocadas entre familiares de Tiquinho reforçam o interesse em influenciar processos em tramitação no Supremo.

Em nota, o STF informou que audiências com advogados são procedimentos normais para ouvir argumentos das defesas e que, no caso específico, todas as decisões tomadas por Nunes Marques foram desfavoráveis ao integrante do PCC.

A comunicação oficial destacou que não houve qualquer encontro presencial entre o ministro e os emissários citados na investigação.

Abaixo, os prints das mensagens:




Conheça as redes sociais do DCM:

⚪Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo

🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line

Adicionar aos favoritos o Link permanente.