
Nesta sexta-feira (2), foi restabelecida a a ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales pela Justiça da Bolívia restabeleceu, em La Paz. Ele é investigado por um suposto caso de tráfico de pessoas envolvendo uma menor de idade. A decisão anula uma sentença anterior, emitida pela juíza Lilian Moreno de Santa Cruz, que havia suspendido o processo.
O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, César Siles, em entrevista à emissora estatal Bolivia TV. Segundo ele, não apenas a ordem de prisão está novamente em vigor, como também todo o processo judicial – incluindo a imputação e a jurisdição do caso.
A nova medida judicial foi tomada por um juiz de La Paz, que suspendeu temporariamente os efeitos da decisão da magistrada Lilian Moreno, responsável por anular o processo e o mandado de prisão no início da semana. A suspensão da sentença ocorre enquanto se analisa uma queixa pendente relacionada ao caso.
De acordo com a resolução citada pela Agência Boliviana de Informação, “como medida cautelar, ordena-se a suspensão temporária da execução de toda determinação adotada”, o que permite que o caso contra Morales continue tramitando na Justiça.
César Siles criticou duramente a decisão anterior da juíza, classificando-a como “aberrante” e celebrou o restabelecimento do que chamou de Estado de Direito no país. Ele também ressaltou que o processo ainda está em andamento e que a Justiça deve seguir com a investigação.

Em resposta, Evo Morales afirmou que a decisão reflete um ato de desespero do governo de Luis Arce, que, segundo ele, foi derrotado no campo político e jurídico. Para o ex-mandatário, a retomada do processo é uma manobra para excluí-lo da eleição prevista para 17 de agosto.
Morales, que esteve à frente da Bolívia de 2006 a 2019, confirmou que será candidato e disse que, em 16 de maio, participará de uma marcha em La Paz para oficializar sua candidatura. Ele alega estar sendo alvo de perseguição por parte do governo atual.
O ex-presidente também afirmou que a intenção por trás da ação judicial é desviar a atenção da população da grave crise econômica que o país enfrenta. E concluiu: “Ao povo boliviano, garanto: minha liberdade está assegurada.”
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