Tesouro Direto: taxas disparam e juro real chega a 6,33% após decisão dividida do BC

As taxas dos títulos públicos atrelados à inflação e prefixados operam em forte alta nesta quinta-feira (9). Investidores repercutem a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central na véspera.

O que chamou atenção do mercado foi a divisão na votação. Os diretores indicados recentemente pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) queriam redução maior, de 0,5 ponto percentual, na Selic. 

Para especialistas, a divergência da ala mostra que a política monetária pode ser mais frouxa a partir de 2025, quando Roberto Campos Neto não será mais presidente da autarquia. A preocupação de quem precifica os juros hoje é com o controle da inflação.

Em entrevista ao InfoMoney, Caio Schettino, head de alocações da Criteria, adiantou que a expectativa era de decisão dividida: “não vejo como ruptura, colegiado serve para isto”. 

Com a divergência no radar dos investidores, o Tesouro Prefixado 2027, o mais curto disponível para compra, pagava 11,02% na primeira atualização do dia, às 9h27, contra taxa de 10,83% na última atualização de ontem. 

Já a taxa do prefixado com vencimento em 2031 subia de 11,58% ontem para 11,89% hoje. O Tesouro Prefixado 2035 entregava rentabilidade anual de 11,85% ante 11,53% nesta quarta-feira. 

Nos títulos atrelados à inflação, destaque para a taxa do Tesouro IPCA+ 2035, que atingia 6,33% ante 6,19% ontem. É o maior patamar para o papel em mais de um ano, desde março do ano passado.

Outros vencimentos também tinha alta expressiva, com o de 2040 disparando de 6,18% para 6,28%. O Tesouro IPCA+ 2045 tinha rentabilidade real de 6,27% contra 6,13% ontem.

Confira a rentabilidade dos títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra nesta quinta-feira (9):

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