Elon Musk propõe acabar com o quadro-negro e os professores: assim é a sua ‘revolução’ educacional

Embora os tempos estejam mudando rapidamente, há coisas que permanecem iguais apesar dos avanços tecnológicos e das mudanças socioeconômicas de cada região. Um exemplo disso é a educação tradicional, que embora tenha incorporado novos métodos de ensino mais interativos e inovadores, ainda mantém a figura de um professor na frente da sala de aula. Essa estrutura mantém os alunos como receptores passivos de informações, levando a uma comunidade crítica desses métodos. Um dos críticos? Ninguém menos que Elon Musk.

E é que o CEO da Tesla e da SpaceX recentemente se referiu ao sistema educativo atual, não hesitando em lançar uma crítica mordaz, classificando-o como obsoleto e inadequado.

06 de MARZO 2017 QUILPUE
Uma professora de Primeiro Ano Básico com seus alunos, durante o início de ano escolar no Colégio Infantes do Sol em Quilpue. Estabelecimento que entrega educação gratuita. 
PABLO OVALLE ISASMENDI/AGENCIAUNO

Como é a ‘revolução’ educacional proposta por Musk?

Tudo aconteceu durante uma recente discussão com Michael Milken, um renomado economista americano e pai dos chamados ‘títulos lixo’, que organizou um fórum no Instituto Milken e teve Musk como uma das figuras centrais.

Dentro dos temas abordados, destacou-se uma conversa sobre a persistência de métodos de ensino antiquados que não promovem uma aprendizagem interativa e eficaz. Nesse sentido, Musk defendeu um modelo educacional mais dinâmico, oposto à tradicional imagem do professor dando aulas na frente de um quadro-negro.

Além disso, o magnata proprietário do X, rede social anteriormente conhecida como Twitter, sugeriu que experiências práticas, como desmontar o motor de um veículo para compreender seu funcionamento, poderiam ser muito mais benéficas para a aprendizagem dos estudantes.

Basicamente, propõe uma metodologia que chame a atenção dos estudantes e ao mesmo tempo lhes proporcione habilidades e conhecimentos práticos para a vida real. “Não quer um professor na frente de um quadro negro”, expressou.

O empresário também criticou como os conceitos e ferramentas são ensinados atualmente, pois, segundo ele, não estão conectados com sua aplicabilidade na prática, o que frequentemente leva os estudantes a considerarem esse conhecimento como irrelevante.

Desta forma, Musk comparou os professores modernos com artistas de vaudeville, argumentando que o sistema educativo se assemelha mais a um espetáculo de baixo orçamento que não pode competir com experiências mais enriquecedoras e bem produzidas.

Na verdade, ele citou exemplos de Hollywood e grandes produções como os filmes do Batman de Christopher Nolan, que combinam talentos de roteiristas, diretores e atores para criar peças únicas, então Musk insinuou que a educação poderia aprender com esses modelos para melhorar e captar o interesse dos estudantes de hoje.

Uma perspectiva que pode parecer adequada para os tempos atuais e que certamente poderia ser aplicada de forma gradual, se a comunidade especializada em educação assim o considerar necessário. Por enquanto, sua crítica nos convida a refletir sobre o paradigma educacional e suas oportunidades de melhoria.

AP

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