
As investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) após envolvimento de autoridade com foro por prerrogativa de função. O caso foi enviado à Corte pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que identificou o suposto envolvimento de uma pessoa com o benefício.
O foro privilegiado designa que algumas autoridades, como presidente, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, integrantes de tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores, devem ser julgadas diretamente pelo STF.
Não há detalhes sobre quem seria a autoridade citada nas investigações, já que a apuração corre em sigilo. A Polícia Federal afirmou que a corporação segue em busca de informações que identifiquem quem é o mandante do assassinato, que completa seis anos nesta quinta (14).

Até o momento, quatro pessoas foram presas na investigação. Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz são acusados de terem executado o crime. Maxwell Simões Corrêa participou do plano do assassinato, monitorou a rotina da vereadora e ajudou a dupla no desmanche do carro usado no crime e no sumiço das cápsulas de munição. O quarto, Edilson Barbosa dos Santos, é dono do ferro-velho onde o carro foi desmontado.
O ex-policial militar Élcio fechou uma delação premiada com a Polícia Federal e admitiu ter dirigido o carro usado durante o atentado. Ele também apontou Lessa como autor dos disparos em acordo com a corporação.
Lessa também fez uma delação com a PF e acusou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, de ser o mandante do assassinato.