Financiadores fazem os fascistas de Portugal elogiarem a imigração brasileira

André Ventura, líder do partido político português “CHEGA”. (Foto: Reprodução)

O novo slogan do partido de ultradireita português, Chega, tem gerado controvérsia: “A Europa precisa de uma limpeza.” Em um evento em Madri, o líder da legenda, André Ventura, afirmou: “Não podemos permitir essa entrada massiva de imigrantes islâmicos e muçulmanos na Europa.” As declarações do político ocorreram no encontro Viva 24, promovido pelo partido Vox, da ultradireita espanhola.

O Chega é conhecido por suas posições xenófobas desde a sua fundação em 2019. Porém, surpreendeu a todos a declaração do vice-líder do partido, António Tânger Correa, que elogiou a imigração brasileira em um debate entre candidatos ao Parlamento Europeu.

António Tânger Correia. (Foto: Reprodução)

“Há uma imigração que consideramos excelente, que são os brasileiros. Os brasileiros durante bastante tempo melhoraram, em muito, a parte comercial em Portugal, com um atendimento muito melhor e muito mais humano do que tínhamos antigamente”, disse Correa.

Por trás das declarações

Segundo o cientista político italiano Riccardo Marchi, autor do livro “A Nova Direita Antissistema – o Caso Chega”, há dois fatores principais para essa atitude. “O Chega tem sido financiado por pequenos empresários, muitos deles do setor de restaurantes do sul do país, que precisam dos imigrantes brasileiros.”

Além disso, muitos dos fundadores do Chega foram influenciados por pregadores evangélicos brasileiros, que acompanhavam pelo YouTube. Atualmente, evangélicos brasileiros convidam políticos do Chega a conhecer seus templos, fortalecendo essa conexão.

Ideologia de gênero

O discurso do Chega também incorporou o combate à chamada ideologia de gênero, refletindo a influência dos conservadores religiosos. Ventura declarou em Madri: “Ainda que nos digam o contrário, um homem é um homem, e uma mulher é uma mulher.”

A imigração permanece a principal bandeira do partido na campanha europeia. Embora o tema não seja tão forte em Portugal quanto em países como França e Holanda, está ganhando espaço. Recentemente, imigrantes argelinos e marroquinos foram agredidos por extremistas de ultradireita na cidade do Porto, e grupos religiosos acusam o Chega de estimular essas agressões.

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