
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) aprovou com ressalvas as contas da campanha eleitoral da deputada Rosangela Moro (União-SP) e determinou o recolhimento de R$ 28.265,03 ao Tesouro Nacional. Ela teve problemas ao justificar suas viagens a Curitiba (PR) à Justiça. A informação é da coluna Painel na Folha de S.Paulo.
A Justiça Eleitoral contestou diversos pontos das despesas declaradas pela deputada, incluindo o valor gasto com passagens aéreas entre São Paulo e Curitiba. Para o TRE, ela não conseguiu comprovar a finalidade de um deslocamento de ida e volta entre as cidades durante a campanha.
Ela alegou que fez as viagens junto do marido, o senador Sergio Moro (União-PR), que também era candidato na ocasião, para gravações de propaganda eleitoral. O tribunal, no entanto, afirma que não foi comprovada a execução de gravação na cidade durante a viagem.

A defesa da deputada entrou com um recurso e alegou que a legislação eleitoral só exige uma fatura de viagem que indique passageiros, datas e itinerários para comprovar o gasto. Seus advogados ainda argumentam que a então candidata tinha contratos com fornecedores de campanha com sede em Curitiba.
O recurso tramita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no mesmo período em que ela faz uma mudança de domicílio eleitoral de São Paulo para Curitiba. Com a troca, ela poderia disputar uma eventual eleição suplementar ao Sendo Federal, já que seu marido é alvo de uma ação no TRE do Paraná e pode ser cassado.
Mesmo tendo sido eleita por São Paulo, Rosangela gastou R$ 56 mil em um ano para voltar para a capital paranaense. Ela fez ao menos 57 viagens que tinham Curitiba como destino ou saída, todas pagas com sua cota parlamentar na Câmara.