Brigadeirão envenenado: suspeita pegou R$60 mil emprestados e doou a ‘feiticeira’

O depoimento de Marino Bastos Leandro, padrasto de Júlia Cathermol Pimenta, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond, acrescentou novos fatos ao caso. Segundo publicado pelo O Globo, o padrasto da acusada revelou que ela pegou R$60 mil emprestados com ele para “realizar um investimento”. No entanto, após ser pressionada, ela confessou que entregou o valor a uma “feiticeira”.

De acordo com o relato de Marino, Júlia inicialmente pediu por R$100 mil, quantia que ele não possuía. Diante disso o homem, que é um policial civil aposentado, transferiu o valor de R$60 mil para a conta da enteada e ficou incrédulo ao saber que a quantia na verdade foi repassada para a tal “feiticeira”.

Conforme a publicação, os próximos passos tomados pelo delegado Marcos André Buss, titular da distrital que investiga o caso, devem incluir a quebra do sigilo bancário de Júlia e do namorado, encontrado morto no dia 20 de maio. “Pretendemos obter uma autorização para analisar algumas contas bancárias”, revela o delegado.

Até o momento, a polícia acredita que a verdadeira mandante do crime é Suyany Breschak, que se apresenta como cigana. Ela foi presa no dia 28 de maio por suspeita de participação no crime.

Suspeita se entrega à polícia

No fim da noite do dia 04 de junho, Júlia se entregou à polícia. Ela chegou na delegacia acompanhada pela advogada, Hortência Menezes e pelo delegado Marcos André Buss. Ela se apresentou à Justiça no momento em que sua mãe, Carla Cathermol de Faria, e padrasto prestavam depoimento.

“Foi por isso que trouxemos a mãe e o padrasto dela para a delegacia. Imaginamos que iria ajudar na negociação para ela se entregar”, revela o investigador.

Entenda o caso

Luiz Marcelo Ormond, de 44 anos, foi encontrado morto no dia 20 de maio, em sua casa. Dois dias depois, a namorada de Luiz, Júlia, prestou depoimento em uma delegacia e deu detalhes sobre a convivência com o companheiro. Trechos do depoimento da mulher foram transmitidos durante a exibição do Fantástico.

Na ocasião, a mulher afirmou ter deixado o apartamento do empresário no dia 20 de maio, quando ele ainda estava bem. Segundo ela, o namorado chegou até mesmo a preparar seu café da manhã. No entanto, a polícia afirma que o homem já estava morto na data em questão.

Inicialmente Júlia foi liberada após prestar depoimento, mas passou a ser procurada pela polícia conforme o andamento das investigações. Ela se entregou após passar sete dias foragida.

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