Brasil sobe cinco posições no ranking da felicidade, segundo relatório da ONU

Em 2023, o Brasil subiu cinco posições no ranking dos países mais felizes do mundo, de acordo com o relatório anual da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Atualmente, o país ocupa a 44ª posição globalmente, ficando atrás apenas do Uruguai (26º) e do Chile (38º) na América Latina.

Desde 2012, este estudo acompanha a medição da felicidade em diferentes nações, considerando tanto a autopercepção da felicidade das pessoas quanto dados econômicos e sociais relevantes.

A liderança neste ranking ficou com a Finlândia, seguida pelos países nórdicos, como Dinamarca, Islândia e Suécia, logo após. Em contrapartida, o Afeganistão figura na última posição da lista de 143 países, marcado por uma crise humanitária após a ascensão do Talibã ao poder em 2020.

Um dado notável é a ausência dos Estados Unidos e da Alemanha entre os 20 primeiros colocados pela primeira vez em mais de uma década, ocupando respectivamente as posições 23 e 24. Por outro lado, Costa Rica e Kuwait emergiram no top 20, ocupando os 12º e 13º lugares, respectivamente.

É interessante observar que nenhum dos países mais populosos do mundo está entre os 20 primeiros colocados. O relatório destaca que apenas Holanda e Austrália, entre os dez primeiros, possuem mais de 15 milhões de habitantes, enquanto Canadá e Reino Unido são os únicos com mais de 30 milhões de habitantes entre os 20 primeiros.

Analisando os dados, percebe-se que houve grandes avanços e retrocessos no índice de felicidade ao longo dos anos. Países como Afeganistão, Líbano e Jordânia experimentaram retrocessos significativos, enquanto Sérvia, Bulgária e Letônia apresentaram progressos notáveis.

Um dos fatores destacados para a felicidade dos finlandeses é a proximidade com a natureza e um equilíbrio saudável entre trabalho e vida pessoal, conforme Jennifer De Paola, pesquisadora da Universidade de Helsinque, declarou à AFP. Essa compreensão diferenciada de sucesso, menos centrada em ganhos financeiros, pode ser um dos motivos desse bem-estar.

O relatório também aponta para um padrão interessante: as gerações mais jovens tendem a expressar um sentimento de felicidade mais forte em comparação com as gerações mais velhas na maioria das regiões, embora tenha havido um retrocesso entre os jovens na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia desde 2006-2010. No entanto, houve progresso em todas as faixas etárias no Leste Europeu durante o mesmo período.

Uma preocupação relevante ressaltada pelos autores do relatório é o aumento da desigualdade na felicidade em todas as regiões, exceto na Europa.

Veja a posição de alguns países:

1. Finlândia
2. Dinamarca
3. Islândia
4. Suécia
5. Israel
6. Países Baixos
7. Noruega
8. Luxemburgo
9. Suíça
10. Austrália
…
20. Reino Unido
23. Estados Unidos
26. Uruguai
38. Chile
44. Brasil
48. Argentina
51. Japão
55. Portugal
60. China
79. Venezuela
105. Ucrânia
141. Lesoto
142. Líbano
143. Afeganistão

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