
O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de assassinar Marielle Franco em 2018, relatou em sua delação que participou de uma reunião a sós com os dois mandantes do assassinato da vereadora, conforme informações do G1. Na ocasião, ele ouviu de ambos o interesse em contratá-lo para cometer o crime.
A delação premiada do ex-PM foi oficializada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e concluída após uma série de depoimentos documentados em áudio e vídeo. As conversas ocorreram no presídio federal de Campo Grande (MS), onde Lessa está cumprindo pena.
Ronnie Lessa detalhou o local, a duração do encontro e o teor da conversa. Ao sair, despediu-se dos dois mandantes com um aperto de mãos. Cerca de três semanas após esse primeiro encontro, Lessa executou o atentado fatal.
Posteriormente à morte de Marielle, devido à grande comoção e repercussão do crime, Ronnie Lessa relatou que teve outro encontro pessoal com os mandantes do homicídio.
De acordo com a delação, o assassino expressou aos contratantes sua preocupação com a pressão da sociedade para identificar e prender os responsáveis. O ex-PM temia que as investigações o alcançassem.
Lessa afirmou que os mandantes o tranquilizaram, sugerindo que a investigação em curso na época “não ia dar em nada”, insinuando que eles tinham acesso privilegiado às pessoas encarregadas de investigar o caso Marielle.

Vale destacar que Ronnie Lessa está atualmente em cela isolada na penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Foi lá, em agosto de 2023, que ele ficou sabendo da colaboração de Élcio de Queiroz com as investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Lessa recebeu dos investigadores todos os detalhes do que Élcio relatou sobre sua participação no plano de assassinato de Marielle. Percebendo que não tinha mais sentido manter tudo em segredo, o ex-policial decidiu também falar.
Segundo Lessa, os mandantes fazem parte de um influente grupo político no Rio de Janeiro, com interesses em diversos setores do Estado. Ele forneceu detalhes dos encontros com eles e indícios sobre as motivações por trás do crime. Tudo isso está sendo verificado pela força-tarefa composta por policiais e membros do Ministério Público.
Dessa forma, a delação premiada foi sendo construída e agora foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso foi levado ao STF devido à suspeita de envolvimento de um parlamentar do Congresso Nacional.
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link