Bloqueio de estradas ajudou Bolsonaro nas eleições em 2022, conclui PF

Silvinei Vasques e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) concluiu que houve possível interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022. O inquérito revela que as operações da PRF, supostamente, visavam impactar eleitores em regiões onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava nas pesquisas na disputa contra Jair Bolsonaro (PL).

Durante o segundo turno das eleições, a PRF realizou mais de 500 operações em estradas de todo o Brasil a mando de Silvinei Vasques, ex-diretor geral da corporação e próximo ao ex-presidente. Essas ações foram suspensas após um pedido da Justiça Eleitoral, que considerou que poderiam prejudicar o fluxo de eleitores.

Um dos principais elementos da investigação é um relatório de um Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de um estado nordestino. O documento indicaria uma “discrepante abstenção” em áreas onde as operações da PRF foram mais intensas. Essa informação poderá levar ao indiciamento de Silvinei, que está preso preventivamente há quase um ano.

Silvinei Vasques, ex-diretor geral da PRF. Foto: reprodução

A defesa do ex-diretor geral contesta as acusações, alegando não ter conhecimento de eleitores que deixaram de votar devido às operações da PRF. Além disso, o advogado Eduardo Nostrani Simão questiona a detenção de Silvinei, sugerindo que, se as alegações fossem verdadeiras, todos os policiais envolvidos no nordeste deveriam ser indiciados.

“Tecnicamente falando, como ordem ilegal não se cumpre, todos os policiais rodoviários federais que atuaram no nordeste teriam que ser indiciados se a acusação contra Silvinei fosse verdadeira”, afirmou Simão.

Vasques foi preso em outubro de 2023 pela inquérito da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado realizada em 8 de janeiro. Também investigado pela “CPI do Golpe, a PF encontrou, no celular dele, áudios com xingamentos e críticas aos bloqueios em rodovias federais durante o segundo turno das últimas eleições.

Também foram reveladas fotos dos ditadores Adolf Hitler e Benito Mussolini, registros ao lado do clã Bolsonaro e imagens que mostram seu culto por armas.

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