Bolsonaro tenta ligar Lula a post do MTST sobre “bandido bom é bandido morto”

Publicação do MTST na 6ª Feira da Paixão. Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou estabelecer uma associação entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma publicação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

O post em questão incluía uma imagem de Jesus Cristo crucificado, acompanhada da frase “bandido bom é bandido morto”. Essa iniciativa gerou críticas por parte de pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo e parlamentares alinhados à direita política.

A ilação de Bolsonaro ao compartilhar a notícia sobre a postagem do MTST ocorreu no Instagram, onde uma foto de Lula ao fundo, utilizando um boné do movimento, ilustrava a publicação. O registro remonta a abril de 2022, quando o líder petista visitou conjuntos habitacionais construídos pelo MTST com recursos do programa Minha Casa Minha Vida. Até o momento, Lula não se pronunciou sobre o caso.

Publicação do ex-presidente Jair Bolsonaro em que associa Lula à publicação do MTST. (Foto: Reprodução)

O MTST, por sua vez, defendeu a publicação, argumentando que houve uma má interpretação do conteúdo e utilizando uma passagem bíblica para justificar o uso da imagem de Jesus Cristo crucificado. Entretanto, a explicação não foi suficiente para aplacar as críticas e o grupo continuou a ser duramente questionado.

Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e uma das lideranças do MTST durante 20 anos, reagiu às críticas. Ele dirigiu sua resposta ao prefeito Ricardo Nunes, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que expressou indignação com a publicação do MTST.

Boulos destacou a aliança entre Nunes e o bolsonarismo, ressaltando o contexto controverso em torno da frase “bandido bom é bandido morto”, frequentemente associada a setores políticos à direita.

“Ricardo Nunes tirou a Sexta-feira Santa para distorcer o post de um movimento social e criar terrorismo moral. Isso mostra que sua aliança com o bolsonarismo não é apenas eleitoral. É de princípio e de método”, escreveu Boulos.

“Sem contar que sua trajetória pessoal e política está longe de ser a do cristão exemplar que tenta vender. Já vimos esse filme em 2022. E a verdade prevaleceu sobre as Fake News. Será assim novamente nas eleições deste ano”.

 

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