Mãe e padrasto são suspeitos por morte de menina no interior de SP; pai cobra justiça: “Nada justifica”

A Polícia Civil investiga a morte da menina Sophia da Silva Fernandes, de 3 anos, que ficou nove dias internada, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mas não resistiu. A mãe e o padrasto alegaram que a criança foi deixada no banheiro tomando banho sozinha e foi encontrada caída no chão. Porém, a investigação descartou uma queda acidental e aponta a dupla como a principal suspeita no caso. Enquanto isso, o pai da vítima, Felipe Gomes Fernandes, cobra por punição aos responsáveis.

“Eu quero justiça, me conforta saber que agora as coisas estão caminhando para o fim. Nada justifica esse crime com ela. Eu quero que quem fez pague pelo que fez, mais cedo ou mais tarde. Seja ele, ela ou os dois, alguém tem que pagar”, disse o genitor da vítima, em entrevista ao site G1.

Sophia foi levada pela mãe, Letícia Nunes da Silva, e o padrasto, Luiz Guilherme Braga Barboza, a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no último dia 1º de agosto. Na ocasião, eles contaram que a genitora deixou a menina tomando banho sozinha e, alguns minutos depois, o homem a achou caída no chão. Depois, ela foi transferida para a Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE), onde ficou internada por nove dias, mas acabou falecendo.

Durante a internação, os médicos acionaram a polícia, pois suspeitaram das graves lesões cerebrais apresentadas pela menina. Uma investigação foi instaurada e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança sofreu um forte impacto na cabeça por meio cruel, que resultou em um traumatismo cranioencefálico.

Assim, a delegada Patrícia de Mariane Buldo, responsável pelas investigações, afirma que a mãe e o padrasto são os principais suspeitos pela morte de Sophia.

“O que nós temos no inquérito policial é que essa criança sofreu um homicídio, morreu em razão de morte violenta dentro da casa onde ela residia. Quem residia na casa, quem adulto que poderia ter praticado isso? O padrasto e a mãe”, ressaltou a investigadora, em entrevista ao site G1.

Já os advogados que defendem Letícia e Luiz Guilherme negam que a menina tenha morrido em função de agressões provocadas pelos clientes e ressaltaram que o caso será esclarecido no decorrer do processo.

Queda acidental descartada

A delegada detalhou que a perícia feita na residência da vítima descartou a hipótese de que Sophia tenha sofrido uma queda acidental.

“É um apartamento pequeno. A agressão deve ter causado ruído, os dois estavam juntos e os dois mantêm a versão de acidente doméstico. Acredito eu que um inocente diria a verdade. Sendo assim, ambos mantêm uma versão totalmente descartada pela perícia, entende-se que os dois participaram do crime em conluio ou um protegeu o outro de alguma forma”, afirmou.

Patrícia explicou que a frieza da mãe ao prestar depoimento também chamou atenção da polícia, que continua investigando o caso. O inquérito está na fase final e não é descartada a possibilidade de que a prisão dos suspeitos seja solicitada à Justiça.

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