“A truculência foi toda do choque”, diz Glauber Braga sobre sua prisão na UERJ

Deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) é colocado em ônibus da Polícia Militar no Rio de Janeiro
Imagem: Reprodução.

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que também foi detido pelos policiais durante reintegração de posse na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) na última sexta-feira, disse em entrevista ao UOL que “a truculência foi toda do choque”. Três estudantes também foram detidos – uma delas, algemada – juntamente com o Braga, mas foram liberados posteriormente.

Como conta ao veículo, Braga estava em uma panfletagem no Rio de Janeiro quando soube do Batalhão de Choque na universidade – e, assim, foi direto ao local. O deputado estava bem preocupado com a integridade física dos estudantes na ocasião, tanto que, em um dos vídeos postados pelo congressista, é possível vê-lo descendo uma rampa acompanhado pelos estudantes, momento em que é abordado pelos policiais. “Depois daquela cena, fui jogado no chão com um estudante e vi outro levar tapas da polícia”, afirmou Braga.

“O batalhão de choque entrou de qualquer forma, independentemente da tentativa de diálogo”, continuou.

 

Independente de ter um cargo político, ele foi colocado no carro do batalhão de choque com os três estudantes. “Dentro do carro, havia uma estudante algemada, e as algemas estavam muito apertadas, causando dor. Pedimos que as algemas fossem afrouxadas, mas, em vez disso, os policiais ameaçaram algemar outros dois estudantes. Felizmente, acho que minha presença ajudou a evitar que isso acontecesse.”

Ao chegar na delegacia, com a presença dos advogados, todos foram liberados. O PSOL anunciou, em nota, que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a detenção do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi ilegal. O partido destacou que parlamentares possuem imunidade e só podem ser detidos em flagrante por crime inafiançável.

O político comunicou para o chefe do Batalhão de Choque que era deputado, mas eles não se importaram no momento. Em nota publicada nas redes sociais, a UERJ afirmou que “um pequeno grupo, com ação violenta, tentou perturbar a liberação pacífica buscando entrar pela escada de incêndio” durante o processo de reintegração de posse do prédio João Lyra Filho – até o momento, ela não respondeu sobre as alegações de truculência policial contra os estudantes durante a desocupação.

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