Datena diz que não autorizou uso de cadeirada em propaganda: “Não me orgulho”

Oito dias depois de agredir o influenciador Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira, em pleno debate da TV Cultura, o que lhe rendeu a expulsão do programa, o candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo (SP), José Luiz Datena, afirmou que não autorizou a exploração política do episódio em sua propaganda eleitoral.

Em uma peça publicitária veiculada na propaganda eleitoral de rádio, na terça-feira (17) – dois dias depois da cadeirada –, a campanha tucana minimiza a agressão a Marçal. Um locutor pergunta o que os ouvintes fariam “se alguém dissesse isso para você na frente de milhões de telespectadores e na frente da sua família”.

Na quinta-feira (19), em outra inserção da propaganda eleitoral, o locutor afirma: “Datena fez o que você pensou”.

No debate da TV Cultura, Datena partiu para cima de Marçal após o empresário e influenciador ter acusado o tucano de assediar sexualmente uma ex-funcionária da TV Bandeirantes. O caso foi arquivado pelo Ministério Público.

Depois da agressão, Datena foi expulso do debate, e Marçal, levado diretamente para o hospital.

“Se houve [uso político], foi da campanha. Não me consultaram, eu não autorizei, porque eu, na realidade, disse que nem queria mais falar sobre esse assunto, é um assunto superado publicamente”, afirmou Datena, nesta segunda-feira (23), ao participar de sabatina promovida pelo SP1, da TV Globo.

“Não quero fazer uso desse fato em campanha política. Não é um ato de democracia. É um ato de defesa, mas não é um ato de democracia. É uma coisa que não me orgulha, de forma alguma, e eu não aconselho ninguém a fazer isso”, completou o tucano.

Na entrevista, Datena disse ainda que não se arrepende da cadeirada em Marçal, que considera um “gesto de defesa”, mas garante que não repetirá a agressão.

“Eu não consegui resistir. Tive uma atitude humana. O gesto de parar aqueles ataques, não me arrependo absolutamente”, disse o candidato do PSDB. “Me arrependo, é claro, de um gesto lamentável como esse acontecer em um debate, que é um espaço democrático. Agora, se faria de novo, é evidente que não faria.”

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