Marçal ataca Bolsonaro e Tarcísio após soco de sócio em debate e se distancia de aliados

Marçal, Bolsonaro e Tarcísio. Foto: reprodução

Na noite de segunda-feira (23), o empresário Pablo Marçal (PRTB) fez duras críticas após o episódio em que um de seus assessores agrediu com um soco o marqueteiro do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), Duda Lima, ao final do debate do Flow. Marçal não poupou ataques, inclusive direcionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em suas declarações, Marçal afirmou que o ex-capitão “virou as costas para o povo” e destacou o distanciamento do ex-presidente. Ele também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal apoiador de Ricardo Nunes, intensificando a já conturbada relação entre Marçal e os aliados de Bolsonaro.

“Bolsonaro, você podia tomar um jeito e não virar as costas para o povo. Você não poderia fazer isso com a gente. A gente defendeu você. E você, até de conversa com Datena estava nessa semana. Não faz sentido fazer um negócio desse”, disse.

Além de Bolsonaro, o ex-coach também criticou figuras políticas como o presidente do PSD, Gilberto Kassab, o ex-governador João Doria e Rodrigo Garcia, insinuando que o ex-chefe do Executivo estaria “aliado a caras que apoiam o Lula”.

Marçal ainda voltou sua artilharia contra Tarcísio de Freitas, a quem apelidou de “goiabinha” — uma referência ao termo “melancia”, que implica que o governador seria “verde por fora e vermelho por dentro”, utilizado de forma pejorativa por bolsonaristas.

“Governador Tarcísio, você é um cara correto, como que você está se curvando para um cara que está na máfia das creches e com todo vínculo com o PCC? Falar em propaganda é fácil, quero ver me peitar pessoalmente”,  provocou Marçal.

Parece que estamos lidando com bicho', diz marqueteiro de Ricardo Nunes após levar soco de assessor de Pablo Marçal | Blog da Andréia Sadi | G1
Nahuel Medina, sócio de Marçal, desfere um soco no rosto de Duda Lima. Foto: reprodução

Contra-ataque

Após as declarações de Marçal, o PL, partido responsável por indicar o coronel Ricardo Mello Araújo como vice na chapa de reeleição de Ricardo Nunes, emitiu uma nota repudiando o ataque físico do videomaker Nahuel Medina contra o publicitário Duda Lima. A legenda classificou o ato como uma “agressão covarde” e cobrou uma investigação rigorosa.

“Repudiamos veementemente qualquer forma de violência, especialmente em um ambiente democrático, onde o diálogo e o respeito devem prevalecer. Esperamos que as autoridades competentes apurem o caso com rigor, preservando a integridade e a civilidade no processo eleitoral”, escreveu a legenda na nota publicada em seu perfil do Instagram.

Já Ricardo Mello Araújo, em entrevista à CNN Brasil, destacou que o incidente parecia orquestrado e minimizou o risco de novas agressões, afirmando que “ladrão não mexe com polícia”. “Tenho acompanhado os debates e, o que eu vi, foi um show de horror, um teatro planejado. Como policial, consigo observar isso”, afirmou. “Gente que já se envolveu com o crime não quer encrenca com polícia”.

Tarcísio de Freitas também se manifestou sobre o incidente nas redes sociais, classificando o episódio como uma “baixaria” e lamentando a agressão.

“Não dá mais para tolerar o que está acontecendo nessa campanha. Onde está o respeito ao eleitor que todo candidato precisa ter? Cadê o respeito à democracia que quem quer ser gestor precisa mostrar? Aonde vamos parar com tanta baixaria?”, escreveu.

Em contraste, Jair Bolsonaro manteve silêncio sobre o caso, evitando comentar a agressão ao marqueteiro de Nunes.

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