
O policial militar flagrado dando um tapa no rosto de mulher na estação da Luz do Metrô de São Paulo arrastou e chutou a vítima antes de ser filmado, segundo a advogada Ana Marques. O relato foi feito à coordenadora de políticas públicas para a população LGBTQIA+ da Prefeitura de São Paulo, Leonora Áquilla, que atendeu a mulher nesta segunda (8).
“Ela estava sentada na plataforma do Metrô, com as pernas penduradas. O policial puxou ela pelo colarinho e a arrastou para o canto. Ele proferiu ofensas e deu chutes”, contou a advogada à coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.
Marques diz que sua cliente reconheceu que não deveria estar sentada na beira do vão da estação, mas que isso não justifica a violência do policial, que ainda teria proferido xingamentos homofóbicos contra a vítima, que é uma mulher lésbica. “Ela está transtornada, não quer sair de casa”, relata a advogada.
“É um claro caso de LGBTfobia e abuso de autoridade. Se tivesse cometido um crime, ele iria prendê-la. Mas ele a agrediu e saiu andando”, prosseguiu. A defensora conta que fez uma denúncia à Corregedoria da Polícia Militar, registrou um boletim de ocorrência e levou o caso à Coordenadoria da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo. A vítima ainda passou por um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Policial Militar é flagrado agredindo uma jovem da comunidade LGBTQIA+ em plena luz do dia no metrô de São Paulo. O PM dá um tapa na cara da jovem, que não apresenta resistência e se mantém sentada no chão. pic.twitter.com/7l86yjxg7a
— ORebate (@ORebateOficial) April 8, 2024
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o policial envolvido na ocorrência foi identificado e afastado. O agente ainda será alvo de um Inquérito Policial Militar (IPM) que vai “apurar as circunstâncias dos fatos”, segundo a pasta.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirma que o PM será “severamente punido” após a agressão.