Polícia prende responsável por internação forçada de idoso em Bento Gonçalves

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A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira, 13 de novembro, um homem de 42 anos apontado como responsável por coordenar o sequestro e a internação involuntária de Osmir Rodrigues dos Santos, de 67 anos, ocorrido no dia 27 de agosto de 2024, em Bento Gonçalves. A operação foi realizada pela 1ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, que já havia identificado e solicitado a prisão preventiva do suspeito à justiça, com o apoio da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) em Porto Alegre.

O caso teve início no dia 27 de agosto, quando Osmir foi retirado à força de sua casa, localizada na Região do Vale Aurora, em Bento Gonçalves. Sua esposa, de 56 anos, também foi mantida em cárcere privado no local, mas conseguiu fugir pela cobertura da casa e foi socorrida por vizinhos. A investigação inicial da Polícia Civil apontou que a filha dela, enteada de Osmir, foi a responsável por coordenar o sequestro, contratando três homens para executar a ação.

A Polícia Civil de Bento Gonçalves realizou diligências intensas desde o dia do desaparecimento de Osmir. Após coletar evidências, a equipe descobriu que ele havia sido levado para Osório. No dia 8 de setembro, agentes se dirigiram à clínica e resgataram Osmir, constatando que sua internação havia ocorrido de maneira ilegal, sem qualquer base médica ou judicial para sustentá-la. Ele foi então levado de volta para Bento Gonçalves e entregue à família.

De acordo com o titular da 1ª DP, delegado Ederson Bilhan, com o avanço da investigação, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da enteada, que foi efetuada no dia 31 de agosto. No decorrer das investigações, foi identificado o líder do grupo de “captadores” que havia coordenado a operação, contratado pela enteada para realizar a internação forçada. A Justiça deferiu o pedido de prisão preventiva do suspeito, e ele foi localizado e detido no bairro São José, em Porto Alegre.

O delegado revela que, com a prisão da enteada e do líder dos captadores, o caso se encaminha para conclusão. O inquérito policial foi remetido ao Poder Judiciário, incluindo o indiciamento do responsável pela clínica de Osório por participar da internação ilegal. Segundo Ederson Bilhan, o caso exemplifica a necessidade de vigilância em relação a práticas de internação involuntária que desrespeitam a legalidade, ressaltando que a detenção dos envolvidos é um passo importante para assegurar justiça à vítima.