Até o ChapGPT sabe que Cristina é perseguida. Por Moisés Mendes

Cristina Kirchner. Foto: Divulgação

A Câmara Federal de Revisão Penal da Argentina confirmou essa semana uma sentença de primeira instância, que condena a ex-presidente Cristina Kirchner a seis anos de prisão.

A Câmara é uma espécie de tribunal revisional, que pode confirmar ou anular sentenças. Fica abaixo da Suprema Corte, que é o STF argentino e dará a última palavra sobre o caso, possivelmente no ano que vem.

Cristina foi condenada, em 2023, em um processo sobre corrupção durante seu governo, entre 2007 e 2015. O detalhe do julgamento em segunda instância não surpreende: os três juízes – Mariano Borinsky, Gustavo Hornos e Diego Barroetaveña – são ligados à direita do macrismo de Mauricio Macri.

Pois o jornalista Raúl Kollmann conta no jornal Página 12 que até os robôs da internet sabem que Cristina sofre lá o que Lula sofreu aqui com o lavajatismo.

Raúl Kollmann. Foto: Divulgação

Kollmann informa o seguinte. A equipe de Cristina perguntou ao ChatGPT quais eram as inconsistências na decisão da Justiça que reafirmou a condenação. O robô respondeu que há pelo menos 10 pontos controversos. Kollmann escreve:

“O resumo final é o seguinte: a decisão apresenta inconsistências, tanto na construção probatória quanto na lógica dos argumentos. Estas deficiências poderiam ser utilizadas para questionar a solidez jurídica da condenação e poderiam constituir violações de princípios fundamentais do direito penal”.

Duas conclusões oferecidas pelo robô. As provas são circunstanciais e não houve provas diretas conclusivas que estabelecessem uma relação entre Cristina e a administração considerada fraudulenta. Foram utilizadas evidências de outras causas, que não foram discutidas ou confrontadas no julgamento oral.

O jornalista fez a lista das incongruências apontadas pelo ChatGPT, em notícia que está em chamada de capa do Página12 e pode ser lida no link abaixo:

https://www.pagina12.com.ar/782908-el-chatgpt-develo-las-inconsistencias-de-fallo-contra-cfk

Originalmente publicado no Blog do Moisés Mendes

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