VÍDEO – Gilmar cita militares de “elevada patente” em plano para matar Lula

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à GloboNews nesta terça (19). Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que a investigação da Polícia Federal indica que militares de alta patente estavam envolvidos no plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, seu colega na Corte. A declaração foi dada em entrevista ao programa “Estúdio i”, da GloboNews, nesta terça (19).

Questionado se existiria um “comando” para o plano, Gilmar afirmou: “Tudo indica que havia pessoas de mais elevada patente desse, para usar uma expressão mais ou menos neutra, complô, dessa iniciativa que é extremamente danosa para a democracia”.

O magistrado ainda negou a narrativa de que “pensar em matar alguém” não é crime, como alegou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Em se tratando de crimes contra a segurança nacional, a legislação é mais severa. Não se pode banalizar a expressão ‘pensar em matar alguém’. Não se trata de mero ‘cogitaço’. Estamos em um plano de preparação e execução”, prosseguiu.

O ministro ainda afirmou que os incitadores, organizadores e financiadores de atos golpistas precisam ser investigados e responsabilizados pelos ataques. “É fundamental, até para a solidez da democracia brasileira, que os autores intelectuais sejam identificados e punidos”, acrescenta.

Gilmar associou o plano para matar o Lula, Alckmin e Moraes às manifestações golpistas que ocorrem desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e negou a narrativa de que essas ações são espontâneas.

“Isso nunca teve consistência. Desde que colhemos o resultado das eleições, começaram aqueles movimentos no sentido da ocupação da frente dos quartéis Brasil afora, e tivemos aqui [em Brasília] esse grande acampamento com, segundo estimativas, 4 mil a 7 mil pessoas”, afirma Gilmar.

Para o magistrado, “tolerar aquilo já foi esquizofrênico” e esses movimentos golpistas motivaram outros atos antidemocráticas posteriormente. “Não podemos esquecer que foi dali que partiram esses manifestantes, que iriam celebrar a ‘Festa da Selma’”, acrescenta.

A “Festa da Selma” citada por Gilmar é um termo usado por bolsonaristas às vésperas da invasão da Praça dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, para se referir ao ataque.

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