Conheça as 8 comidas que já são clássicos de Juiz de Fora

comidas Juiz de Fora

Juiz de Fora tem muitos sabores. É só andar pelo calçadão e dá pra ver exatamente isso: temos opções de comida de rua com fila, botecos lotados e restaurantes finos. Não é para menos. A culinária mineira é reconhecida como uma das mais ricas e influentes do Brasil, e as iguarias que são produzidas no estado ganham títulos internacionais por sua qualidade única. Mas há aquelas comidas que, além do gosto, despertam memórias afetivas na vida de quem cresceu experimentando, passando perto e sentindo o cheirinho. E muitas vezes a gente nem sabe de onde a tradição surgiu – só que é apenas aquele lugar que sacia um desejo específico. É justamente o caso dessas oito comidas selecionadas pela Tribuna como clássicos de Juiz de Fora, amadas por quem mora na cidade e perfeitas para apresentar aos estrangeiros. Mas sabemos: a lista e muito maior.  

Confira comidas clássicas de Juiz de Fora

comidas juiz de fora
(Foto: Marcelo Ribeiro/ Arquivo TM)

Pipoca com queijinho  

Mineiro gosta de colocar queijo em tudo, mas essa combinação específica fez um sucesso a mais em Juiz de Fora. Comer pipoca com queijinho faz ficar até difícil entender como alguém é capaz de comer a pipoca pura. Na cidade, todo pipoqueiro oferece essa opção dos queijos cortados em cubos e fritos para serem distribuídos em uma proporção nada matemática no saquinho de pipoca. E essa tradição é cultuada, já que seja qual for o horário é possível ver dezenas de pessoas esperando para conseguir a sua pipoca. Alguns pontos da cidade são emblemáticos na famosa iguaria: é o caso da pipoca do trenzinho, no Parque Halfeld, da carrocinha da Marechal Deodoro e até da Pipoca do Maurão, que também sempre traz lemas divertidos (como “Pipoca do Maurão sim, drogas não”, “Pipoca do Maurão sim, câncer de próstata não”) para os transeuntes. 

Esfiha de agrião do Chora Morena

Em uma modesta lanchonete do Centro, perto do Mister Shopping, fica o Chora Morena. E lá é feita a esfirra de agrião que atrai gente o ano inteiro, já há vários anos. O prato tradicional da culinária árabe é feito com massa fina e um refogado de agrião, esse vegetal nada óbvio para uma esfirra, mas que chega a sua forma mais saborosa assim. A receita é feita por Maria Aparecida Costa Santos, conhecida como Cida, que trabalhou durante 25 anos no Baalbek, que era conhecido como “Shopping da Esfiha”, e aprendeu a fazer a tal esfiha com libaneses. Depois que o estabelecimento fechou, o irmão do dono, Rogério José Sales, abriu o novo espaço e não podia deixar de repetir o prato. Não tem igual.

comidas juiz de fora
(Foto: Reprodução)
COXINHA REPRODUCAO
(Foto: Reprodução)

Coxinha de galinha com catupiry da Pipita 

Coxinha de frango com catupiry está longe de ser um prato exclusivamente juiz-forano, mas as da Pipita se tornaram um verdadeiro ponto turístico. Agora em um novo lugar, na Rua São João, a loja já está há mais de 40 anos no mercado, oferecendo coxinhas crocantes e bem recheadas, que ficam exibidas na vitrine. Lá se exibe o certificado de que usam o Catupiry com C maiúsculo, comprovando a qualidade do produto, diretamente da marca oficial. Mas também tem coxinhas de camarão, de costelinha, vegetais, só de galinha, só de catupiry…Para todo gosto. Até mesmo as doces. Também lá são vendidos chocolates finos do Brasil inteiro e até internacionais. Os produtos podem, ainda, ser pedidos em casa, pra quem não quer ter nem que sair de casa pra provar.

Cigarrete do Tutti Frutti Lanches ou Tutti Sucus

Cigarrete é um salgado inventado em Juiz de Fora, e que já aparece em lanchonetes de todo o estado (e algumas unidades até mesmo espalhadas pelo Brasil). A iguaria tem massa espessa e conta com queijo enrolando toda a estrutura, sempre em um tom dourado e bem frito. O recheio tradicional é de presunto e queijo, mas há variações e até um formato pequeno feito especialmente para festas. Harmoniza com qualquer refrigerante, suco, cerveja e os mais ousados experimentam até junto com um açaí, sem frescura. O Tutti Frutti Lanches e Tutti Sucus, vizinhos, oferecem as opções e disputam o título do melhor cigarrete da cidade – nessa competição, quem vence é o consumidor.

cigarrete arquivo
(Foto: Reprodução)

Mineiroca do Reza Forte

O mineiroca, do Reza Forte, já pode ser considerado um novo clássico da cidade. O prato capta a essência do juiz-forano: um mineiro muito próximo do Rio, que escorrega no asfalto de vez em quando. Uma mistura do tradicional e do descontraído. O bolinho é feito com batata baroa recheada com costela e requeijão, empanado com farofinha de torresmo e com acompanhamento de molho de manga com pimenta dedo-de-moça, e ganhou o Comida di Buteco da cidade de 2021. Essa delícia pode ser encontrada tanto no bar, que também traz outras opções mineiras, quanto no Reza Lanches, que oferece o Mineiroca na estufa.

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(Foto: Divulgação)

Bolo da Fábrica de Doces Brasil

Se tem aniversário de criança em escola, confraternização na empresa ou festa de última hora, a presença do bolo da Fábrica de Doces Brasil é quase certa. Na verdade, tudo vai virando desculpa para encomendar ou aproveitar as opções de balcão. Não à toa, a fábrica foi declarada como patrimônio cultural da cidade – são várias unidades espalhadas pelo município que de fato fazem parte do dia a dia do juiz-forano, e constitui uma tradição de 70 anos. O doce é feito com recheio de coco e um glacê branco e azul (por vezes também rosa). Há gotas de goiabada e pequenos confeitos, com doce de leite deixando tudo ainda melhor. Um transporte direto para as melhores memórias.

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(Foto: Reprodução)
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(Foto: Reprodução)

Pastel da Mexicana

Já imaginou o Itamar Franco comendo um pastel? O trailer colorido da Mexicana é uma parada obrigatória não só para o antigo presidente, que era freguês, mas para todo bom juiz-forano. Por isso mesmo fica em lugar de destaque entre a Avenida Rio Branco e a Itamar Franco. Precursor dos food trucks, essa história começou na década de 1960, em Barbacena, e foi passando de geração em geração na mesma família. Já são mais de 40 anos de história em Juiz de Fora, mantendo sempre a qualidade da fritura e do recheio. O segredo para isso é manter a qualidade de cada produto, o tempero único e nunca guardar nada para o dia seguinte – os pasteis são sempre feitos na hora. A crocância faz com que os clientes comam em pé ou sentem onde dá, no entorno do veículo.

Torresmo do Bar do Bigode & Xororó

O torresmo do Bigode é o preferido de muita gente, e não só dos juiz-foranos. Esse empreendimento é responsável pela cidade ser conhecida por aí como “capital do torresmo”, tamanha a força dessa referência. Se o desembarque rodoviário fosse ali na porta do bar, ia até facilitar a vida de muitos dos visitantes, interessados exclusivamente nas porções de pururuca, torresmo pequenino e crocante, torresmo de tira ou torresmo de ponta, que são acompanhados por uma cerveja sempre gelada. Cada tipo agrada a um tipo de cliente, e o público, por isso mesmo, é sempre diverso – desde artistas prestigiados quando vêm à cidade até quem é mais raiz e não abre mão do tradicional.

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(Foto: Leonardo Costa)

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